Promotor
A Oficina CIPRL
Breve Introdução
Apesar de, como é amplamente sabido, o jazz ser primordialmente uma música negra com raízes nas expressões musicais africanas e seus equivalentes transplantados nos Estados Unidos da América, com o passar do tempo, porém, os princípios orgânicos desta música foram sendo incorporados na tradição clássica e intelectualizados de acordo com a matriz musical ocidental. Assim sendo, à medida que o jazz foi amadurecendo a sua identidade e expandindo o seu raio de influência, assimilando e reinterpretando outros géneros musicais, foram naturalmente surgindo músicos como Gil Evans, em colaboração com Miles Davis, ou, mais recentemente, Uri Caine (e estes são apenas dois exemplos entre muitos) que começaram a reivindicar a existência de uma linha de continuidade entre a música clássica europeia e o jazz, harmonizando assim numa mesma cosmologia musical compositores aparentemente tão distantes entre si como Schoenberg e Charlie Parker, Duke Ellington e Bach.
O pianista Ryan Cohan (n. 1971, EUA) é, aos cinquenta anos e mais de duas décadas passadas desde que iniciou a sua carreira na música, um digno representante de uma das tendências do jazz do século XXI, centrada fundamentalmente na exploração do jazz através do prisma das suas relações não apenas com a música clássica mas também com a música tradicional de geografias e culturas não-ocidentais. Formado na DePaul University, o início do percurso musical de Cohan dá-se em meados dos anos do 1990 com a gravação do seu primeiro álbum a solo, "Real World", e ganha notoriedade com a composição e escrita de arranjos para dois álbuns de Ramsey Lewis ("Dance of the Soul" e "Appassionata"). Ao mesmo tempo que colabora com prestigiados músicos de jazz tais como Freddie Hubbard, Curtis Fuller, Regina Carter ou Kurt Elling, entre outros, este pianista e compositor editou, até à data, mais dois outros registos discográficos, o último dos quais "One Sky" (2008), uma obra ambiciosa que inclui uma suite em quatro partes intitulada "One Sky: Tone Poems for Humanity".
Na edição do Guimarães Jazz de 2021, Ryan Cohan protagonizará um concerto com o seu quinteto e será também o responsável pelo projeto de parceria do festival com a ESMAE Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Como sempre desde o início desta colaboração, o pianista e compositor norte-americano dirigirá a big band desta instituição de ensino de jazz portuguesa, cumprindo assim o desígnio pedagógico que consideramos ser parte integrante do Guimarães Jazz.
Ficha Artística
Ryan Cohan, piano
Tito Carrillo, trompete e flugelhorn
Scott Burns, saxofones
Lorin Cohen, contrabaixo
George Fludas, bateria
Preços
10,00€ / 7,50€ c/d
DESCONTOS:
Cartão Jovem I Estudante I Menores de 30 anos I Maiores de 65 anos I Deficientes e Acompanhante I Quadrilátero