Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Em 1999, À Espera de Godot foi declarada a peça de teatro mais importante do século XX em língua inglesa. O peculiar desta decisão é ter sido escrita originalmente em francês. Estreou em Paris em Janeiro de 1953 e foi um êxito, mas os dias seguintes tiveram uma média medíocre de assistência. Quase um mês depois da primeira representação, um grupo de espectadores decidiu manifestar o seu desgosto provocando um tumulto em que se confrontaram fisicamente os apoiantes e os indignados de À Espera de Godot, levando a que os espectáculos passassem a esgotar. Este episódio espalhou-se rapidamente, e os pedidos doutros países para a aquisição dos direitos de representação de À Espera de Godot não tardaram. E foi assim que o mundo descobriu Samuel Beckett. (Carlos Quevedo, A vida sem explicação, dossier TNSJ)
Reflexão sobre a condição humana, trata-se de uma bela flor do teatro do absurdo. Muitos foram ao longo dos tempos os que procuraram saber quem era afinal Godot. Alguns tomaram Godot (God) por Deus. Mas Beckett (1906-1989) recusou sempre esta interpretação, declarando que se tivesse querido referir-se a Deus a peça ter-se-ia chamado À espera de Deus, e não de Godot. Factos: Godot, em circunstâncias incertas, marcou com dois homens um impreciso encontro, num lugar mal definido e a uma hora indeterminada, escreveria um crítico na época da estreia da peça.
O encenador húngaro Gábor Tompa é director artístico do Teatro Húngaro Cluj-Napoca, na Roménia. Dirigiu o Departamento de Teatro e Dança da Universidade da Califórnia, San Diego, onde ainda lecciona. Em 2018 foi eleito Presidente da União dos Teatros da Europa (UTE).
Ficha Artística
Texto de Samuel Beckett
Encenação de Gábor Tompa
Tradução Francisco Luís Parreira
Cenografia e figurinos Andrei Both
Desenho de luz Gábor Tompa
Assistência de encenação Manuel Tur
Direcção de produção Maria João Teixeira
Produção executiva Alexandra Novo, Mónica Rocha
Direcção técnica Emanuel Pina
Interpretação A definir