Promotor
Teatro Nacional D. Maria II
Sinopse
Um modelo líquido de Modernidade assume sempre renovados contextos culturais, sociais e económicos, e uma sempre repetida problematização de conceitos que parecem reger o ser-humano, nomeadamente os associados ao Trabalho.
Sobre este mote, o Teatro da Cidade propõe-se a pensar neste conceito - Karshi - palavra japonesa que significa literalmente morte por excesso de trabalho, explorando assim os limites do Homem face ao trabalho nos dias de hoje.
Pondo em paralelo o direito social ao trabalho adquirido com o tempo e uma nova forma de escravatura a que nos sujeitamos, este espectáculo surge para questionar o Homem-do-trabalho, escravo de si próprio, promessa de um semideus. Este Homem que vai ao limite do seu corpo para se adequar à sociedade em que vive, que lhe exige a produção rápida, eficiente, vivendo de objectivo em objectivo, muitas vezes vendo a recompensa posta em causa. O homem do século XXI, que se rende à gravidade, e que adormece no metro, nas escadas de uma estação de comboios, no passeio, alheado da vida, que adormece até sucumbir completamente.
Ficha Artística
texto e encenação Teatro da Cidade
com Bernardo Souto, Guilherme Gomes, João Reixa, Nídia Roque e Rita Cabaço
cenografia Ângela Rocha
desenho de luz Rui Seabra
apoio à criação Luca Aprea
produção Teatro da Cidade
coprodução TNDM II
apoio GDA