Promotor
Câmara Municipal do Porto
Breve Introdução
DON JUAN
ESFAQUEADO
NA AVENIDA DA
LIBERDADE
PEDRO GIL
Há um par de anos Pedro Gil visitou o Museu do
Aljube, antiga prisão do Aljube, onde o seu avô esteve
preso pelo regime salazarista. Numa das paredes da
exposição deparou-se novamente com os cinco nãos
do Estado Novo em letras garrafais: Não discutimos
a pátria, Não discutimos a autoridade, Não
discutimos a família, Não discutimos o trabalho
e Não discutimos Deus. Subitamente veio-lhe à
cabeça a ideia de fazer um Don Juan, paixão antiga.
De regresso a Sevilha, Don Juan depara-se com a
estátua do Comendador que batera em duelo depois
de ter possuído a sua filha. Don Juan convida a estátua
para uma ceia em sua casa, ao que esta responde
afirmativamente acenando com a cabeça. Só que ao
contrário dos outros, este Don Juan não comparece
à ceia acordada. Don Juan foge para Lisboa mas o
fantasma do Comendador persegue-o, quer que ele
lhe aperte a mão. Don Juan desconfia e pressente
que não é boa ideia apertar a mão ao fantasma de
uma pessoa que ele próprio assassinou. Don Juan
resolve ir à Bruxa mas a maldição é irrevogável, a única
salvação é fugir no tempo. Don Juan lança os dados e
é catapultado para o século XXI. É uma comédia.