Promotor
Universidade de Coimbra
Sinopse
Veneno é um texto centrado na ideia da decadência da família no contexto suburbano. Se a família é o paradigma ancestral daquilo que deve ser um governo, ambos manifestam, atualmente, a ideia de crise. Crise esta que, na génese etimológica, significa separar, dividir. A narrativa foca-se nas circunstâncias, e consequências trágicas, de um pai recentemente desempregado e falido que decide sequestrar os três filhos depois de assassinar a mulher e o seu amante. O pai e os filhos convivem num espaço exíguo e em condições precárias. Todo o discurso do pai é construído em torno da incapacidade de aceitação do real, tornando o seu discurso num delírio verosímil sobre a sociedade, a família, a política, e também sobre o amor, a falência do mundo interior e exterior. O pai exerce poder e violência através da linguagem e os filhos expressam-se por intermédio do canto lírico. Acontecem, assim, dois universos diferentes e incomunicáveis: o do subúrbio e o da aristocracia. Reúne características simultaneamente horríficas, cómicas e abjetas, mostrando o homem na sua expressão mais grotesca entre o horror e o humor. Após a leitura pública de Veneno, que decorreu na última edição do Festival END, apresentamos agora a sua encenação.
Ficha Artística
Texto Cláudia Lucas Chéu
Interpretação Albano Jerónimo, Luís Puto
Participação especial Leonor Devlin
Voz-off Francisca van Zeller
Conceção plástica António MV
Desenho de luz Rui Monteiro
Direção de produção Francisco Leone
Produção executiva Luís Puto
Produção TeatroNacional21
Coprodução Casa das Artes de V.N. de Famalicão, Teatro Viriato, Centro de Artes de Ovar
Notas Suplementares
Dia Mundial do Teatro
Encenador
Albano Jerónimo
Informações Adicionais
END Encontros de Novas Dramaturgias
Espetáculo integrado na 21.ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra