Promotor
Museu do Oriente (Fundação Oriente)
Sinopse
A ausência de contacto regular com as artes dramáticas e performativas orientais e a sua omissão nos nossos hábitos de consumo cultural motivam a criação de um curso que promove o seu conhecimento e fornece padrões de recepção informados e reflexivos dessas artes na sua riqueza e diversidade. O curso é temático e o seu programa relaciona um conjunto de formas orientais especificamente da Índia, do Tibete, do Sudeste Asiático e do Extremo Oriente , históricas ou actuais, com valor paradigmático na reconstituição de uma especificidade cénica e performativa oriental. Quer pela análise das dimensões técnicas e performativas dessas artes, quer pela interpretação dos contextos culturais, ideológicos e religiosos persistentes na sua dispersão, quer, por fim, pela articulação de lógicas de conjunto, pretende-se, por um lado, proporcionar instrumentos para a sua inteligibilidade e desfrute estético, por outro, motivar o reconhecimento nas artes orientais de valores formativos para a prática de estudantes e profissionais das artes do espectáculo.
Conhecimentos e aptidões a desenvolver pelos participantes:
A aquisição de uma visão panorâmica das artes cénicas asiáticas na pluralidade das suas manifestações.
A identificação dos traços específicos (singulares e/ ou universalistas) das identidades teatrais do Oriente.
A formação de uma perspectiva conceptual sobre algumas da suas manifestações mais representativas, pelo acesso a léxicos, estéticas e lógicas expressivas respectivas
O desenvolvimento de capacidades de apreciação estética e de crítica cultural de algumas dessas formas
Horário de Funcionamento
Sábados 20 e 27 Abril; 4, 11, 18, 25 Maio; 1, 8, 15 e 22 Junho
Horário 10.00 às 13.00 Preço 100/10 sessões Participantes mín. 10 máx. 15
Inscrições até 15 Abril
Contactos para Reservas
Serviço Educativo
Tel. 213 585 299
E-mail: [email protected]
Programa / Cartaz
Sessão 1 A Tradição Indiana (I): Os Vedas e o canto védico; Origem e transmissão da literatura sagrada Indiana; O drama sânscrito; A origem épica: o Mahabharata e o Ramayana.
Sessão 2 A Tradição Indiana (II): O drama sânscrito (cont.); Sobrevivências modernas do drama sânscrito; Formas modernas de dança devocional.
Sessão 3 As artes de Java e do Bali: As artes do transe; o Wayang ou teatro da marioneta; o Wayang Topeng ou drama com máscara.
Sessão 4 As coreografias do invisível no Sudeste Asiático: Bali (cont.); Cambodja; Tailândia.
Sessão 5 A Tradição Japonesa (I): Origem mítica do teatro; O teatro Nô como "obra de arte total e sua convenção cénica.
Sessão 6 A Tradição Japonesa (II): Estética zen budista; O Kabuki.
Sessão 7 A unidade do tempo religioso e performativo - o arcaico e o seu retorno: O Cham e o Ace Lhamo (Tibete); O Chongjae (Coreia); O Butoh (Japão).
Sessão 8 A Tradição Chinesa (I): O drama vernacular (zaju) da dinastia Yuan e a sua relação ao confucionismo; O drama Qing; O teatro Kun; As origens da "ópera chinesa" (xiqu).
Sessão 9 A tradição chinesa (II): A tradição xiqu (cont.); Formas regionais; Actualidade do drama chinês; A tradição naturalista, o teatro revolucionário e a abertura transcultural dos idiomas cénicos
Sessão 10 Narração com bonecos e sombras: morfologias e evolução.
Informações Adicionais
Francisco Luís Parreira Doutorado em Ciências da Comunicação, na especialidade de Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias (2012), pela UNL, instituição onde também conclui o mestrado. Foi, até 2015, director e docente da licenciatura de Artes Performativas e Tecnologias da ULHT e sub-director da licenciatura de Artes Dramáticas - Formação de Actores da ULP, onde lecionava ainda em várias outras licenciaturas e doutoramentos. Foi professor convidado no Mestrado e na Licenciatura de Teatro da ESAD-IPL. A suas áreas de ensino, produção, comunicação e publicação académica são as artes performativas, a teoria política e a teoria da cultura. Como autor e dramaturgo, tem colaborado com diversas companhias e instituições artísticas. Publicou poesia e teatro e tem actividade como guionista e crítico literário. Traduziu, para a cena ou para edição, entre outros, Beckett, Yeats, Bernhard e Pinter. É autor da edição crítica em língua portuguesa do poema babilónico de Gilgames.