Promotor
Câmara Municipal de Vila do Conde
Sinopse
Após integrar o III Ciclo de Teatro Argentino e o Festival Clown y Cabaret do Teatro El Umbral de Primavera e El Montacargas, respectivamente, na cidade de Madrid, NÃO KAHLO chega ao Auditório Municipal de Vila do Conde.
Dialogando com o universo de Alice no País das Maravilhas, as criadoras Mónica Kahlo e Sílvia Raposo recriam Alice não como uma sucessão de eventos, mas como uma história que mergulha no universo surrealista, do realismo mágico latino-americano, biográfico e artístico de Frida Kahlo.
Palco das feridas físicas e psicológica de Frida, Diego Rivera, as rosas, os coelhos motorizados, a sexualidade, os veados, o corpo, o aprisionamento, as limitações físicas, o espectáculo Não Kahlo abre-se num cenário onde o realismo se dissemina com a presença de elementos surrealistas, de teatro do absurdo e simbolismo que se desenrolam a partir de uma multidisciplinariedade que mescla interpretação, dança contemporânea, expressão corporal, audiovisual, artes plásticas e artes literárias com a experimentação artística.
"Não Khalo é um espectáculo que estreou em Junho em Lisboa e em Julho de 2018 em Madrid, e com carreira até 2019 em Lisboa. O espectáculo sobe à cena no próximo dia 18 de Janeiro de 2019 no Auditório Municipal de Vila do Conde.
Não Kahlo é canibalista. Comeu a orelha direita de Van Gogh.
Não Kahlo é cleptomaníaca. Roubou as rosas de Santa Isabel para adornar os cabelos de Frida.
Não Kahlo é contra-hegemónica. Arrancou o bigode de Dali para fazer a peruca de Barloff.
Não Kahlo é inconformada. Abriu a vala de Shakespeare para desenterrar a caveira de Yorick.
Não Kahlo é amante. As suas criações são exercícios espirituais.
Não Kahlo é iconoclasta. Subtraiu um prego à cruz e pregou-o na lista telefónica.
Não Kahlo é a acção de se desdobrar em infinitas mulheres."
Não Kahlo está de esperanças e quer parir um tigre que devore Shakespeare, Brecht, Van Gogh, Artaud, Cicciolina, Rivera, Abu-lughod, Heiner Müller, Monet, Foucault, Fassbinder, Ed Wood, Gauguin, Stanislavski, Beckett, Frida, Cesariny, Beethoven, Fernando Pessoa e mais os planetas desertos, que também mandam coisas, para os digerir e cuspir na caixa preta.
FICHA ARTÍSTICA:
Produção - D. Mona
Encenação, texto e cenografia - Mónica Kahlo e Sílvia Raposo
Elenco - Mónica Kahlo, Sílvia Raposo, Margarida Camacho e Anabela Pires
Figurinos - Helena Raposo
Apoio técnico - Pedro Milo
Vídeo - Sylvia Jaimes