Promotor
Teatro Nacional D. Maria II
Sinopse
O inevitável questionamento do colonialismo português.
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Estreado em 2014 em Viseu, onde decorreu a maior parte da pesquisa para este projecto, Retornos, exílios e alguns que ficaram inaugurou o trabalho do Teatro do Vestido sobre as memórias da descolonização e do retorno de milhares de pessoas das ex-colónias portuguesas para a chamada "metrópole.
Apoiando-se na recolha de testemunhos de diversos quadrantes, este projecto procurou dar voz a protagonistas de uma história que sabemos problemática. Apanhados entre a ignorância e a despolitização, nalguns casos, a profunda consciência política, noutros, noutros, este foi um processo que conduziu a um inevitável questionamento do colonialismo português e suas consequências, no contexto do processo revolucionário de 1974-75. O resultado é um espectáculo que se constrói na sua quase totalidade com base na citação dessas vozes, por vezes problemáticas, por vezes perplexas, por vezes conscientes das suas próprias contradições, muitas delas marcadas pelo trauma do regresso, do retorno, ou da chegada a uma terra para eles estrangeira, como era a metrópole de então.
Joana Craveiro
A autora do texto escreve de acordo com a antiga ortografia
Ficha Artística
direcção, texto e espaço cénico Joana Craveiro
com André Amálio, Inês Rosado, Isabelle Coelho, Joana Craveiro, Rosinda Costa e Tânia Guerreiro
desenho de luz Cristóvão Cunha
produção executiva Cláudia Teixeira
estagiária de produção Mafalda Rôla
estagiários ESAD Joana Silva, João Ferreira e Vera Bibi
coprodução Teatro do Vestido e Teatro Viriato
M/12
O Teatro do Vestido é uma estrutura financiada pela República Portuguesa / Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes