Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
No documentário O libertino, na altura de se pronunciar sobre uma das suas obras de referência (O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor), Luiz Pacheco limita-se a recordar um dia de maluqueira. Recusa falar, por exemplo, das tendências homossexuais que percorrem a obra ou até esclarecer se a referência a Braga deve mesmo interpretar--se, neste contexto, como símbolo da Igreja Católica e do Estado Novo. Seja como for, desabafa: Meteram-me dentro do texto. André Louro, neste espectáculo, faz o mesmo, transformando o texto escrito em 1961 num monólogo que sobrepõe a figura do escritor à do libertino que tenta seduzir lolitas e magalas na cidade dos arcebispos. Rui Monteiro, na Time Out, aplaude o resultado, sublinhando que o actor se converte em libertino perverso e irresponsável sem se perder em efeitos de representação e superficialidades, assim dando consistência à fragilidade original da peça com uma interpretação rigorosa e emocional.
Ficha Artística
texto de Luiz Pacheco
encenação de António Olaio
Interpretação André Louro
Figurino Maria Ribeiro
Assistência de encenação Anabela Felício