Produtor
Jazz ao Centro Clube
Breve Introdução
JAZZ AO CENTRO 2017 / XV ENCONTROS INTERNACIONAIS DE JAZZ
Sinopse
Do encontro entre um rapper (Marcelo d2) que na sua música foi sempre espalhando o samba-jazz que ouvia de gente como Milton Banana, Eumir Deodato, Zimbo Trio e Marcos Vale e de um grupo (SambaDrive) que, precisamente, pratica este estilo (nele incluindo um pianista bem estimado em Portugal, Pablo Lapidusas outro factor de interesse), só podia surgir um mix de hip-hop e jazz com jingada sambista, algo à partida tão excitante quanto descobrir que existe um funaná punk (Scúro Fitchádo) e um stoner free jazz-rock (Black Bombaim com Rodrigo Amado ou Pedro Sousa e, mais recentemente, com Peter Brotzmann). Algo que, para além de não ser comum, tem o selo de garantia de uma carreira de 20 anos, a de d2, com níveis de qualidade sempre altos e rimas tão acutilantes que se tornaram necessárias, sobretudo num Brasil socialmente tão afectado como o de hoje.
Tudo começou com uma jam-session em casa de Marcelo d2 no Rio de Janeiro faz uma dezena de anos. Se o samba jazzificado das décadas de 1950 e 60 que este ia samplando nos seus temas tinham, antes deste projecto, um envolvimento necessariamente electrónico, agora, com o trio rítmico do jazz, acústico e formado por piano, contrabaixo e bateria, é como se pudesse estar mais próximo dessas referências e, ao mesmo tempo, actualizá-las, sem que para tal tenha de recorrer a mediações digitais. Longe parecem estar os tempos da banda Planet Hemp e das parcerias com um especialista do beatbox, Fernandinho, em que apelava à discriminação da maconha (d2 é a designação na gíria brasileira para o costume de dar duas tragadas seguidas num charro) e à liberdade de expressão, mas o essencial continua na sua voz, com versos como Comecei a pensar / Que eu me organizando / Posso desorganizar ou O incomodado que se mude / Eu tô aqui pra incomodar.
Do outro lado, o dos SambaDrive, há outros trunfos. Logo para começar os de Lapidusas, um virtuoso do teclado branco e negro que logo no seu álbum de estreia (Ouriço, 2008) teve como músico convidado nem mais nem menos do que Hermeto Pascoal. Nascido em Buenos Aires, mas com a juventude passada no Brasil e actualmente a residir em Lisboa, a música pedida por este outro tipo de fusão não podia ter melhor servidor no seu nervoso e híper-activo par de mãos, a esquerda acentuadamente rítmica e a direita pronta a mudar subitamente de direcção. Mauro Berman é um baixista camaleão com tentações funky e um enorme manancial de argumentos, o que fez dele uma personagem omnipresente dos estúdios brasileiros de gravação. Por sua vez, o baterista Lourenço Monteiro está tão à vontade a marcar os ritmos das Terras de Santa Cruz como a balançar o hip-hop, a riffar à maneira do rock ou a dar um espectáculo de swing. Juntos, estes três são um perigo, e é por isso que Marcelo d2 os tem consigo.
Informações Adicionais
Bilheteira do Convento São Francisco
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Preços
Normal - 12 €
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