Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
"...e agora começa tudo outra vez e ninguém se quer responsabilizar por ti e a tua vida não tem sentido nenhum."
Nesta comédia de 1932, o dramaturgo austríaco Ödön von Horváth mostra-nos uma sociedade cínica, mesquinha e egoísta, sempre pronta a desumanizar-se, num período de crise económica e decadência espiritual e moral. Para o autor este poderia ser o título de todas as suas peças, pois todas assentam num tempo em que acreditar, amar e ter esperança são uma utopia necessária.
Nesta nova encenação, Tónan Quito convida três grupos de teatro amador para integrar o elenco da peça, dando corpo às muitas cenas em que o povo entre em palco como personagem central. Numa tentativa de fazer a ponte entre a crise dos anos 1930 e a crise atual, cada grupo irá reescrever algumas cenas, apropriando-se das situações da peça para falar sobre a nossa sociedade contemporânea.
A peça conta-nos a história de Elisabeth, que procura desesperadamente a sua sobrevivência e acaba vítima de uma sociedade, onde não é permitido que um indivíduo siga os seus sonhos. Elisabeth tenta vender o seu corpo ao Instituto de Medicina Legal, é acusada de fraude e acaba rodeada de pessoas abandonadas e mal tratadas, até encontrar por breves momentos o amor; mas cansada de ser perseguida acaba por se atirar ao rio apagando a única réstia de esperança.
Ficha Artística
autor: Ödön von Horváth
tradução: Ricardo Braun
direção: Tónan Quito
versão cénica e interpretação: Carla Galvão, Filipa Matta, Marco Mendonça, Miguel Loureiro, Tónan Quito, Grupo de Interpretação Criativa, Gesto Grupo de Teatro e Grupo de Teatro Pano Cru
apoio à dramaturgia: Rui Catalão
cenografia: F. Ribeiro
desenho de luz: Daniel Worm
música: Simão Costa
figurinos: José António Tenente
gestão de projeto e assistência à direção: Patrícia Costa
produção executiva: Henrique Figueiredo
produção: HomemBala
assistência de encenação: Mirró Pereira
coprodução: Maria Matos Teatro Municipal e Câmara Municipal do Porto no âmbito do projeto cultura em expansão
residência: O Espaço do Tempo
financiado pela República Portuguesa/Cultura/Direção-Geral das Artes
foto: Bruno Simão