Promotor
Município de Vila Nova de Famalicão
Breve Introdução
COSÌ FAN TUTTE (ossia La scuola degli amanti)
Ópera
27 de maio, sábado, 21:30
Grande Auditório
Entrada: 10 euros / Estudantes e Cartão Quadrilátero Cultural: 5 euros
M/6 anos
Duração: 150 minutos (com intervalo de 15 minutos)
Música WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791) K. 588
Libreto LORENZO DA PONTE
Coprodução OperaNorte/Ópera Estúdio da ESMAE/Pós-graduação em Ópera e Estudos Músico-teatrais
Così fan Tutte surgiu de uma encomenda do Imperador Joseph II, após uma apresentação bem-sucedida de As Bodas de Figaro, em Agosto de 1789. Contou com argumento original de Lorenzo da Ponte, embora os elementos da história pudessem já ser encontrados em obras literárias anteriores. O primeiro ensaio foi feito no apartamento de Mozart, em 31 de dezembro, rapidamente mudando-se (janeiro) para o teatro, muito provavelmente com Joseph Haydn no auditório. A ópera estreou no Burgtheater de Viena, em 26 de Janeiro de 1790, decorrendo somente cinco apresentações antes que o luto pela morte de Joseph II fechasse os teatros em Fevereiro. A produção teve a sua segunda estreia em Junho, com outras cinco apresentações. Subsequentemente, Così fan Tutte viaja pela Alemanha, com tradução em alemão, nas quais a imoralidade, percebida na história, levou a alterações acentuadas no enredo. Em algumas versões as mulheres sabem do plano e elaboram a sua vingança. Hoje, a forma original da ópera é uma peça que faz parte da programação regular nos teatros de ópera em todo o mundo. Classificada, em diversas ocasiões, como uma ópera geométrica, tanto musical, pela disposição das suas árias, como pelo argumento: dois pares, frente a frente, Ferrando e Dorabella, Guglielmo e Fiordiligi. Mozart consegue resultados excelentes sem a necessidade de recorrer a tantos recursos, como nAs Bodas, ou no Don Giovanni. É, sobretudo, uma ópera que escrita para divertir plateias e, como tal, tem os seus méritos. Não é, segundo a maioria dos críticos, uma obra-prima, nem era essa a real intenção do compositor austríaco. Apesar disso, Così é, das suas obras, a que apresenta algumas das mais belas árias e o maior número de cenas de conjuntos, duos, tercetos e quartetos.
Texto dos Encenadores António Durães e Cláudia Marisa.
Ficha Artística
Direção Artística: António Salgado
Direção Musical: José Marques
Supervisão Musical: António Saiote
Assistente de Direção: Georgina Sánchez Torres
Encenação: António Durães e Cláudia Marisa
Cenografia: Ricardo Preto
Figurinos: Hugo Bonjour
Assistente de Figurinos: Letícia dos Santos
Designer de luz: Rui Damas e Fernando Coutinho
Vídeo e som: José Prata e João Sousa
Foto: Vitória Meneses
Design Gráfico: Ricardo Preto/Pedro Serapicos
Direção de Cena: Mariana Barros e Sofia Peralta
Produção: António Salgado, Regina Castro, Joel Azevedo, Sofia Peralta, Carlos Azevedo
Fiordiligi (soprano): Sílvia Sequeira/Ana Leite
Dorabella (soprano): Ana Santos/Adriana Romero
Don Alfonso (barítono): Carlos Meireles/Ricardo Rebelo
Despina (soprano): Ana Leite /Sofia Vinhas
Ferrando (tenor): André Lacerda/Almeno Gonçalves
Guglielmo (baixo): Luís Pereira/Ricardo Rebelo
Orquestra: Sinfonieta da ESMAE
Coro: Ópera Estúdio da ESMAE
Cravo/Correpetição: Luís Duarte
Coprodução: OperaNorte/Ópera Estúdio da ESMAE/Pós-graduação em Ópera e Estudos Músico-teatrais
Notas Suplementares
Preâmbulo
Poderá o amor sobreviver a uma ardilosa aposta, executada num momento angustiado? Sobreviverão os amores de verão a um inverno rigoroso? Ou será que o tempo estival é tão volátil que o Inverno rapidamente o arrefece.
Primeiro Andamento: Contemplemos prudentemente aquelas criaturas apaixonadas, naquele Agosto de mil novecentos e troca o passo. Será que se encontrarão de novo quando o inverno chegar? Ou, caso se reencontrem, um ano depois, ver-se-ão da mesma forma? Imaginemos que sim; mas a consequência daquele reencontro será sempre o resultado do desencontro nos restantes onze meses do ano.
Segundo Andamento: Don Alfonso, um encenador com poder, dinheiro, tempo e muito tédio, entretém-se com dois jovens apostando com eles a sua reputação, a sua honra e a sua glória. Acredita que, perante um forte revés, as suas respetivas amadas rapidamente farão resvalar os seus corações juvenis para outras dunas e para outras experiências amorosas.
Um dia quente de praia bastará para que tudo se resolva, acredita. Os dois jovens, militares de um exército em exercício permanente, aceitam a aposta. Provarão que não é assim, e que os seus amores sobreviverão a tempestades plantadas nas suas vidas. No entretanto, ocuparão uma parte do seu tempo, divertir-se-ão e ganharão, para além disso, uma aposta a um encenador desocupado... Don Alfonso. Tudo se passará sobre as areias escaldantes da praia. O fim (in)esperado chegará inevitavelmente.