Promotor
Universidade de Coimbra // Teatro Académico de Gil Vicente
Sinopse
Nesta peça de teatro são criadas e manipuladas realidades e turbulências do domínio do exótico e do erótico, interpenetram-se memórias e reflexões sobre o colonialismo e o racismo. O nome da peça remete para o diário africano de Michel Leiris, e o que toda a literatura de viagem nos segreda é que ela é também percurso interior de autodescoberta. África transforma-se num lugar de representações imaginárias, um imenso território onde se projetam todas as fantasias e fantasmas. Podemos começar a nossa viagem, com a história de uma famosa tela de Picasso de 1907, onde o pintor projeta o impacto e influência do poder das máscaras africanas que viu em Paris, nos corpos das mulheres de um bordel da Rua Avinyó em Barcelona, rompendo com os cânones do realismo académico e revolucionando as possibilidades de representação do corpo na arte ocidental.
Ficha Artística
Texto João Samões a partir de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Julião Quintinha, Louis-Ferdinand Céline, Langston Hughes
Criação, Dramaturgia e Encenação João Samões
Interpretação Cláudio da Silva
Música Sonata para piano nº 14 de Ludwig Van Beethoven, Paint it Black dos Rolling Stones
Cenografia João Samões
Direção técnica Celestino Verdades
Produção Debataberto - associação cultural e artística
Direção de produção João Samões e Mónia Mota
Fotografia, registo e montagem vídeo João Dias
Informações Adicionais
Apoios DuplaCena e festival Temps d`Images, Instituto Franco-Português, Companhia Nacional Bailado, Jardim Zoológico de Lisboa, Transforma, Teatro Extremo e Teatro-Estúdio António Assunção, Teatro Municipal São Luiz
Coprodução Fundação Calouste Gulbenkian/programa Próximo Futuro