Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
A vinda de Teho Teardo e Blixa Bargeld ao Teatro Maria Matos, em março de 2014, deixou-nos com uma natural vontade de repetirmos esse encontro. Tínhamos a certeza que, ao contrário de outras colaborações mais errantes embora bem sucedidas, Blixa Bargeld teria de prosseguir o trabalho de Still Smiling, o álbum do duo de 2013. Por duas, bem visíveis, razões nessa noite: havia genuína felicidade no rosto de Blixa e a evidente cumplicidade musical com Teho Teardo estendia-se para o palco. Contudo, o golpe de misericórdia foi dado no final do concerto quando revelaram algumas canções posteriores ao álbum, entre Caetano Veloso e o irresistível Crimson And Clover de Patrick Samson, encantando a plateia e deixando-nos a desejar que a ponte área entre Roma e Berlim se repetisse quanto antes. E assim foi: Nerissimo, editado agora mesmo, é o novo resultado de três anos de viagens e encontros regulares, e de uma necessidade assumida em explorar novos territórios da relação pessoal e musical entre Teho e Blixa. Vontades mais negras - negríssimas, dizem - mas cheio de tons, objetos e referências, alusões a filosofia, religião, morte e ilusão, curiosamente ilustrado pela encenação que ambos os músicos fizeram do quadro The Ambassadors de Hans Holbein: acrescente-se, também, e por isso, uma boa dose de humor a esta equação. Musicalmente mais contemplativo e sereno, Nerissimo continua a explorar a pop de câmara de sentimento cinematográfico, acrescentando agora instrumentos de sopro. E tal como há pouco mais de dois anos, para que as novas canções de Nerissimo fiquem tão fieis quanto possível à sua partitura original, Teho Teardo e Blixa Bargeld far-se-ão acompanhar em palco por músicos portugueses que ampliarão a secção de cordas.
Ficha Artística
guitarra, sintetizador: Teho Teardo voz e pedais: Blixa Bargeld violoncelo e Glockenspiel: Martina Bertoni clarinetes: Gabriele Coen violinos: Luís Pacheco Cunha e Sílvia Martins viola: Cátia Alexandra Santos violoncelo: Catherine Strynckx crédito fotográfico: Thomas Rabsch