Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Cortada
Se o caos só gera caos, era inevitável que a Lisboa de agora parisse uma banda assim, caótica, com pressa de sentir e urgência de fazer — não vá a cidade expulsá-la. Eis os Cortada, a crescer para a idade adulta com o seu primeiro álbum, depois de um EP de estreia, homónimo, em 2024.
Uma banda sempre em excesso de velocidade: uma rajada de noise-punk que atropela o tédio e carrega o fardo desse caminho que nunca chega a lado nenhum. Não obstante, Pedro Almeida (ou Dusmond, voz e guitarra), Daniel Fonseca (outrora membro da banda de Vaiapraia e de MEIA/FÉ, segunda voz e guitarra), Lourenço Abecasis (de MEIA/FÉ, no baixo) e Bernardo Pereira (de Mordo mia, na bateria) nunca param de correr.
Ganbei ( ?? ) é um disco graúdo mas revoltado, onde a guitarra não pára de uivar e o baixo tem muito para dizer. Riffs de puxar os cabelos, a bateria ora contida ora furiosa, e a voz de Pedro Almeida irónica e chateada, sempre pronta para ferrar os dentes nas feridas. É difícil explicar como é que um pontapé nos tomates pode dar vontade de dar cabeçadas na parede, mas os Cortada conseguem fazê-lo. Como sabe quem os viu — e vai ver — ao vivo. (Joana Canela).
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Gatafunho
Gatafunho são uma banda formada no Porto, durante o verão pandémico de 2021 - e é possível que estejam ainda a sofrer os efeitos secundários dessa maleita. Depois de várias reformulações atualmente, o projecto é composto por cinco elementos: Miguel Ferreira (bateria); Luís Gigante (guitarra/voz); André Pereira (baixo); Xavier Paes (eletrónica); Valley Rosário (Voz). As suas apresentações ao vivo primam pela particularidade do inesperado, da catástrofe e das senhas de bebidas oferecidas. Talvez por isso, até à data, ninguém se lembre de ter visto um mau concerto da banda. Por entre gins e bagaços, o barulho e os amasso, a banda transmite ao público uma energia contagiante, como um qualquer concerto de punk descomprometido. Carregam consigo a proeza de já terem atuado ao vivo várias vezes dezenas de vezes sem qualquer disco lançado.
Estão neste momento, a trabalhar no seu primeiro disco gravado nos estúdios da Cafetra Records, em parceria com Miguel Abras e Leonardo Bindilatti. Espera-se que este disco veja a luz do dia se se abrirem as janelas. Até lá, é possível ouvi-los nos “tringles”, disponíveis na página de bandcamp da já extinta editora Berga Malhas, ou também nos registos possíveis dos seus concertos pelos confins da internet.
Em suma, espera-se muito de 5 pessoas que não pretendem nada de especial. São a banda favorita de, pelo menos, uma pessoa.
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Escárnio
Primeira aparição pública desta nova banda conjurada por Violeta Luz, em apresentação ao seu EP debutante e a criar expectativa para um álbum que vai aparecer ainda este ano. Meses de labuta na sala de ensaio, na companhia de Helena Fagundes (bateria), Pedro Treno (guitarra eléctrica) e André Amado (baixo), que se revelam no momento certo e no seu habitat natural. Escárnio alimenta-se de revolta e verdade através de um rock sentido na pele e no osso, de acção directa. Punk no feeling e quase glam na forma como encarreira o rugido das guitarras e o stomp da bateria em refrões infecciosos. Tudo a servir uma lírica ácida e acutilante, sem medos. Enfim, tudo aquilo que seria de esperar de uma banda com o nome de Escárnio.?Este projecto surgiu de uma necessidade de exprimir sentimentos que nos consomem diariamente e que imensas vezes são reprimidos, é acima de tudo um grito de desespero de uma mulher a lutar pelo seu lugar e igualdade na sociedade. A falta de grito humano ao autoritarismo, em Escárnio as letras não são só lugares comuns, são comunidade. São um pensamento performático necessário num momento em que a música portuguesa apresenta respostas pouco ambiciosas contra o lugar de morte para onde somos empurrados diariamente, especialmente mulheres.?O primeiro single “Deixa Queimar” foi lançado no dia 2 de Abril de 2025 e o primeiro EP “Falha-me Deus” estará disponível no final do mesmo mês.
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Techorpsen
Artista plástica de raiz e habitué da linha da frente nos concertos de rock, Techorpsen leva para a cabine a mesma energia que imprime nas telas. Numa fusão de ritmos pulsantes e ecos orientais, a sua seleção musical não tem fronteiras. É para dançar, sem pensar muito.
Parte da dupla The Ema Thomas, d’Os Overdoses e de outros projetos, desdobra-se e rebola-se nas noites do Porto sobre vários formatos e feitios.
Abertura de Portas
21:00
Preços