Promotor
Câmara Municipal de Matosinhos
Sinopse
CAVALGADA DE MIL AMPERES é um dos versos do longo poema com que Álvaro de Campos nos sugere, para a vida, uma via sensorial, e faz a apologia de todas as sensações, convocando uma miríade caleidoscópica de imagens que convoca todas as memórias e as torna personagem e voz.
Uma super personagem que quer sentir como Deus, ou quase tanto quanto ele, alcandorar-se a uma altura torreefélica de sentidos e sensações que só Deus lograria alcançar, se alcançasse, como se vivesse na vertigem do galope do cavalo em cavalgada elétrica e imparável. Num poema visceral e trifásico, quadrifásico, histérico e prolixo, a totalidade do ser é a meta a inalcançar, desejando-o apenas, em todas as imagens e consequentes mutações. É um poema mutante. Um poema rio caudaloso. Um poema de todas as águas e de todas as máquinas.
A Álvaro de Campos, relendo o poema tantos anos depois, juntam-se as vozes de António Durães, ator e intérprete e reinventor do poema e da sua gramática sensitiva, de Márcio Décio e João Figueiredo, que compuseram música para estas precisas palavras, arrojando uma linguagem imprevista, cheia de acentos e declives, a que os filmes de Edgar Pêra trazem outra inquietação e intranquilidade. Três camadas a que uma última se juntará, a poética da cena, que urdirá em derradeira instância, o pano de boca que abrirá e fechará o tempo.
O espetáculo está continuamente a comentar-se, ou a retratar-se, colocando em diálogo, mesmo que não verbal e normalmente direcionado, personagens que sendo sempre a(s) mesma(s), simultaneamente discordam, criticam, levantam outras possibilidades, acrescentam ou ostentam opinião radicalmente dissonante. Um espetáculo em permanente contradição. Ou a contradição a sacrificar-se em espetáculo, no sítio mais sagrado que pode haver, onde a convocação do homem-Deus, o ser que tudo sente e que sente de todas as maneiras, é o poeta a arder, na boca desdentada da poesia maior que pode haver.
Tudo à mostra, no palco, onde tudo deve ferver.
Ficha Artística
Um poema de Álvaro de Campos
(“Sentir tudo de todas as maneiras” e outros excertos de A Passagem das Horas)
Direção artística António Durães
Composição musical Márcio Décio e João Figueiredo
Filmes Edgar Pêra (produção Bando à Parte)
Os músicos:
Guitarra Márcio Décio
Bateria Alcino Canas
Guitarra e teclados Francisco Carvalho
Baixo Tiago Tinoco
Voz António Durães
Pós-produção vídeo João Mora
FX Vozes Artur Cyaneto
Fotografia e vídeos Carlos Azevedo e Carlos Filipe Sousa
Desenho de luz Mariana Figueroa
Figurinos Susana Abreu
Artwork Vânia Kosta (a partir de uma fotografia de José Caldeira)
Agradecimentos
Coprodução Menosmuitomais, CRL; Casa das Artes de Famalicão; Theatro Circo; Teatro Constantino Nery;
Mecenas exclusivo DSTGROUP_bculture
Apoios BANDO À PARTE, Rádio Universitária do Minho, Sindicato de Poesia,
Ricardo Preto, Casa Stop, Quarteto Contratempus
Informações Adicionais
A aquisição de um bilhete para um espetáculo no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery permite o estacionamento no Parque de Estacionamento da Docapesca, mediante o pagamento de 1 euro.
Preços
Preço Inteiro – 7,50€
Sénior (=65) – 5,00€
Estudante – 5,00€
Criança (0-12 anos) – 5,00€
Grupos = 10 - 20% sobre o valor de preço inteiro
Mobilidade reduzida e/ou pessoas com deficiência – 50% sobre o valor de preço inteiro
isento para acompanhantes de pessoas com mobilidade reduzida e/ou pessoas com deficiência
Estudantes universitários ao abrigo do Protocolo “Corredor Cultural” * – 50% sobre o valor de preço inteiro
* mediante a apresentação de cartão de estudante.
Isenções
Acompanhante de pessoa com deficiência (1 acompanhante)**
Jornalistas em serviço
**Para adquirir convite de acompanhante de pessoa com deficiência, por favor envie um email para [email protected] ou contacte o 229 392 320