Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Rob Mazurek
Nascido em Nova Jersey mas vinculado à contínua riqueza do legado musical de Chicago, Rob Mazurek tem criado em torno de si toda uma dimensão em constante actividade que comporta a música, a performance, a instalação, a pintura ou a escultura. Enquanto músico, Mazurek tem desbravado um - ou vários - trilho(s) que partindo dos ensinamentos do jazz, sejam eles formais ou espirituais, têm descoberto formas de o levar a paragens onde este é também rock, electrónica ou electro-acústica, quando não deixa mesmo de o ser. Para ser uma outra música. Marcando presença fulcral no ponto zero daquilo que, mais para o mal do que para o bem, se conformou chamar post-rock com sede em Chicago, Mazurek instigou à sua ventura com o seu papel em Isotope 217 e, acima de tudo, a criação do Chicago Underground, colectivo flutuante que nas suas diversas permutações - Duo, Trio, Quarteto, Orquestra e o Pharoah and the Underground com mestre Sanders - tem abordado o jazz como matéria moldável para reinvenções e desvios, de dentro para fora e vice-versa. Daí, e correspondendo ao período em que morou no Brasil, fundou com Mauricio Takara a sucursal São Paulo Underground, e em tempos mais ou menos recentes tem estado particularmente activo e criativo com a sua Exploding Star Orchestra, ensemble numeroso e iluminado que conta nas suas hostes com artistas como Nicole Mitchell, Damon Locks ou Mike Ladd, para além da sua habitual pandilha de Chicago. E ainda o Rob Mazurek Quartet-Quintet-Octet. Ou Starlicker. E mais.
Cornetista de alma e escola, Mazurek tem também criado um mosaico gigante de colaborações, que tanto passam pela participação em discos mais fora de Gastr Del Sol, Tortoise ou Stereolab, como por encontros com lendas como Bill Dixon, Roscoe Mitchell ou Naná Vasconcelos. Incansável, tem também encontrado tempo e espaço para uma desafiante trajectória a solo e em nome próprio, onde toma o seu sopro como meio para uma infinitude de possibilidades que são continuamente revistas à luz de processamento electrónico, técnicas extensivas, tangentes de sintetizador, silêncios e ruído. De passagens contemplativas a harmonias fractais, passando por momentos de expressão abstracta - nada de estranhar vindo de um confesso fã de Mark Rothko - e linhas plenas de lirismo, a música de Mazurek vibra nesse estado de contínua exploração e certeza - algo que não é necessariamente antagónico - como registada em discos para editoras como a eMego ou Aesthethics, para ser agora testemunhada in loco nesta casa. (BS).
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Mineo Kawasaki
O baterista e compositor Mineo Kawasaki, do Japão, constrói paisagens sonoras electrónicas com bateria ao vivo e um controlador MIDI. O projeto a solo utiliza sampling de vinil infundido com elementos de house, techno e música experimental para criar faixas que funcionam bem tanto nos auscultadores como na pista de dança.
Em 2024, fez a sua terceira digressão pelo Canadá e a primeira pela Islândia, e participou em vários álbuns de compilação de editoras europeias.
Abertura de Portas
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