Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
PRÉTU é o alter-ego de Chullage/Xullaji, cujas primeiras explorações sonoras remontam a 2019 e que culminaram em 2023 no álbum Xei di kor, já classificado como “um dos grandes monumentos do hip hop nacional” e “um dos discos do ano para a grande maioria das publicações nacionais” (gnration). Para o próprio Chullage, trata-se da ideia de “aprofundar uma punchline política dentro de um objecto estético”, cujo agente — Prétu — ele define como “um afronauta viajando numa dimensão sampledélica”. Em Prétu, não há história, nem progresso, nem tempo, pois tudo isso faz parte do “cronograma a que a ideologia branca chama de história”. Há somente a intuição, definida como “a receptora de mensagens interestelares na nave espacial de Prétu”, nave essa apelidada de Objecto Sónico Não Identificado e dentro da qual a poeira estelar e a chuva cósmica se transmutam em música.
Estamos portanto diante da construção de uma nóvel cosmologia e cosmogonia, a que alguns chamaram “afrossurrealismo” e “afrofuturismo”. Uma viagem sem mapa, para a qual são apenas admitidos “viajantes que não precisam de chão” e que queiram “fugir do metaverso imperial, previsível e vigiado”. Música a “trilhar caminho para um outro futuro”, assente numa “meticulosa tapeçaria sónica”. PRÉTU assume-se como agente de mudança e guerrilheiro na “luta contra o colonialismo e o império, que, depois da terra e dos corpos, colonizou a consciência com o algoritmo”, sendo portador de um programa que passa pela “denúncia da miséria racista, da persistência do pensamento colonial, da cínica desigualdade capitalista e da existência fascizante do mundo como rede social”.
Preços
- Fosso Orquestra - 15€
- Plateia - 15€