Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Big Brave
Banda de bravura no epicentro da música de Montreal no Canadá, Big Brave tem-se aventurado num plano de acção que sem comprometer o peso, a intensidade e o volume não deixa de revelar uma noção de espaço, tensão e vulnerabilidade pouco sentidas numa torrente tão impositiva aos sentidos. Regressando ao palco da ZDB pela terceira vez, numa prova de um culto crescente, este trio formado por Mathieu Ball na guitarra, Robin Wattie na voz e guitarra e Tasy Hudson na bateria e percussões traz a sua avalanche cada vez mais personalizada de riffs repetitivos, feedback, passagens atmosféricas, ritmos marciais e a voz expressiva de Wattie com 'A Chaos of Flowers', novamente na Thrill Jockey, após o colosso de 'nature morte', no seguimento da fértil sequência de quatro discos na Southern Lord.
Criado a partir das fundações lançadas com 'nature morte', 'A Chaos of Flowers' continua a desbravar um caminho muito seu, onde as influências iniciais do Doom mais esotérico e sua abstracção e/ou laminação perpetrada por Sunn O))) ou Earth surgem cada vez mais diluídas numa torrente plena de poesia, não só no seu sentido mais figurativo como também factual. Tomando inspiração em poemas de mulheres de diferentes eras e geografias, Wattie chegou a uma ressonância emocional que transborda sem pressas na entrega e no peso das palavras. Desse espaço íntimo, marcado pela dicotomia entre a serenidade e a inquietude, chegamos ao colectivo de experiência partilhada. Algo que se revela na própria música, num chamamento que reclama toda a pureza da folk ou dos blues, para os drenar por entre feedbacks esculpidos com a parcimónia dos ritmos esparsos, com a voz de Wattie como centro gravitacional de toda esta catarse. Contado com as participações ilustres de Marisa Anderson e Tashi Dorji nas guitarras e Patrick Shiroishi no saxofone em algumas feras, 'A Chaos of Flowers' abre novas perspectivas para este som que saca beleza à escuridão. BS
Abertura de Portas
18h30
Preços