Promotor
Fundação Gramaxo
Breve Introdução
O vinho é uma bebida popular desde os tempos mais remotos. Foi muito importante no mundo clássico, onde foi sempre considerado um símbolo de juventude e de eternidade. Na Idade Média numerosos documentos oficiais, relatos e ilustrações atestam-nos a enorme importância do vinho e do seu consumo, quer no aspeto económico quer no simbólico. Entre nós, em Portugal, o vinho também é elemento fundamental desde muito cedo na história. E são também muitos os traços, enormes e profundos, que o vinho e a vinha deixam na nossa cultura, quer popular quer erudita. Procuraremos, nesta intervenção, apresentar alguns exemplos da importância e significado do vinho na cultura popular, da literatura à poesia, da etnografia, aos ditados populares, da casa de lavoura à adega, do processo de fabrico à medicina popular. Esperamos, no final, ter contribuído para solidificar o conceito de que o vinho é, desde a pré-história, um “fóssil diretor” ou, como eu prefiro, um “marcador cultural” da nossa cultura tradicional do Entre-Douro-e-Minho e, evidentemente, da Terra da Maia.
Notas Suplementares
José Augusto Maia Marques
Professor Universitário (ap). Diretor do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara Municipal da Maia (ap).
Historiador, antropólogo e ensaísta.
Autor de vários livros, capítulos de livros e artigos publicados em revistas da especialidade, nacionais e estrangeiras, muitos com revisão por pares.
Editor da «Revista da Maia – Nova Série» da Câmara Municipal da Maia.
Membro da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e da Oral History Society.
Cavaleiro da Távola da Confraria do Vinho Verde. Programador na Fundação Gramaxo, na área do Património e História da Maia.
Gonçalo Nuno Ramos Maia Marques
Docente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) onde leciona nas áreas da Educação Histórica e Patrimonial na formação de Professores e educadores de infância e no curso de Gastronomia. Doutor em História, com Distinção e Louvor, por unanimidade, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2011). Investigador do INED. Foi Bolseiro de Doutoramento da Fundação Calouste Gulbenkian (2008-2011). É membro dos corpos sociais do Centro de Estudos Regionais de Viana do Castelo (CER) e Cancelário-Mor da Confraria do Vinho Verde. Publicou várias dezenas de títulos entre livros, capítulos de livros e artigos científicos especializados. Destaca-se, recentemente, a sua obra “No Reino do Vinho dos Homens: uma viagem pelos Mosteiros, Vinhos e Gastronomia do Noroeste” (2017), que teve fotografia de Sérgio Jacques. Recebeu, em outubro de 2023, o Prémio de História Alberto Sampaio, instituído na Academia das Ciências de Lisboa, pelos Municípios de Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão e pela Sociedade Martins Sarmento.