Promotor
Câmara Municipal de Loulé
Sinopse
A performance, concebida e dirigida por Pedro Louzeiro, tem como base o sistema Comprovisador, que o autor desenvolveu no âmbito dos seus estudos de Doutoramento, e contará com 25 músicos em palco, quatro dos quais serão solistas/improvisadores. Para além de “fazer a ponte” entre improvisação e composição, o sistema permite sincronizar imagens vídeo com os eventos sonoros tocados ao vivo, e manipula essas imagens através do mapeamento de parâmetros de expressão musical, gerando uma sinergia entre os dois domínios – som e imagem. De resto, também é possível uma exploração menos convencional do espaço cénico através do Comprovisador.
O sistema medeia a interação entre solista e ensemble utilizando machine listening (escuta automática), procedimentos de composição algorítmica e notação dinâmica, num contexto de performance em rede. Trocando por miúdos: em tempo real, à medida que um solista improvisa, os algoritmos do Comprovisador produzem uma partitura que é imediatamente lida à primeira vista pelo conjunto de músicos, criando uma resposta coordenada à improvisação. A interação é mediada pelo diretor da performance através da manipulação de parâmetros algorítmicos. O Comprovisador recorre a uma rede de computadores para exibir a notação (partes separadas) a cada um dos músicos que tocam no ensemble. Para além disso, a conectividade sem fios permite que os computadores – e, por conseguinte, os músicos – estejam distantes uns dos outros (incluindo topologia local, remota ou mista), possibilitando o uso do espaço enquanto elemento de composição.
Acerca do Comprovisador
O sistema Comprovisador permite mediar a interação entre solista e ensemble, usando machine listening (escuta automática), procedimentos de composição algorítmica e notação dinâmica, num contexto de performance em rede. Em tempo-real, à medida que um solista improvisa, os algoritmos do Comprovisador produzem uma partitura que é imediatamente lida à primeira vista por um conjunto de músicos, criando uma resposta coordenada à improvisação. A interação é mediada pelo diretor da performance através da manipulação de parâmetros algorítmicos. A implementação deste sistema requer uma rede de computadores para exibir a notação (partes separadas) a cada um dos músicos que tocam no ensemble. Para além disso, a conectividade sem fios permite que os computadores – e, por conseguinte, os músicos – estejam distantes uns dos outros (incluindo topologia local, remota ou mista), permitindo o uso do espaço enquanto elemento de composição.
A performance contará com a seguinte instrumentação: 2 flautas, 1 oboé, 2 clarinetes, 1 clarinete baixo, 1 fagote, 2 saxofones, 2 trompas, 1 trompete, 1 trombone, 1 tuba, 2 multi-percussão, 1 piano, 1 guitarra, 3 violinos, 1 viola, 1 violoncelo e 1 contrabaixo. Em palco, estará também o diretor da performance, aos comandos do Comprovisador. Os músicos estão, na sua larga maioria, ligados à região do Algarve, por naturalidade e/ou pela situação laboral. Muitos desempenham funções letivas no CML-FR e alguns pertencem à Orquestra do Algarve. Quatro dos instrumentistas desempenharão também o papel de solista / improvisador. Para este papel, contamos com músicos experientes neste domínio específico, tais como Desidério Lázaro (saxofone), Paulo Gaspar (clarinete baixo), ambos professores na Escola Superior de Música de Lisboa, e ainda Todd Sheldrick, Rui Travasso, Filipe Valentim, entre outros.
Vídeo
A manipulação de imagem em tempo real incidirá sobre trabalhos videográficos de Christophe Guerreiro – um fotógrafo e videógrafo experiente com um historial de trabalho comprovado no sector das telecomunicações (Altice) e com formação académica em Histoire de l'Art (option cinéma et photographie) da Université Lumière (Lyon II).
Nota Biográfica - Pedro Louzeiro
Pedro Louzeiro, compositor, nasceu em 1975, em Lagos, Portugal. Atualmente, é investigador no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM) e docente no Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado (CML-FR). É Doutorado pela Universidade de Évora, onde realizou uma investigação sobre temáticas subordinadas à interação entre solista e ensemble mediada por sistemas tempo-real com recurso a notação dinâmica, sob orientação dos Professores Doutores Christopher Bochmann e António de Sousa Dias. Foi-lhe atribuída uma Bolsa de Doutoramento pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Concluiu o seu Mestrado em Composição em 2013, na Universidade de Évora, e a sua Licenciatura em Formação Musical em 2002, na Escola Superior de Música de Lisboa. Realizou formação complementar em Guitarra Jazz e em Canto, áreas em que tem experiência artística, da qual se realça a sua participação nas óperas “Banksters”, de Nuno Côrte-Real, nos papéis de Primeiro Segurança e de Magistrado, e “Gilda das Amendoeiras”, de Nuno Rodrigues, no papel de Rei. Realizou diversas performances com o sistema “Comprovisador”, que desenvolveu no âmbito do seu doutoramento, tendo apresentado o seu trabalho em conferências internacionais, tais como: Sound and Music Computing (SMC2016, Hamburgo, Alemanha, e SMC2018, Limassol, Chipre), Computer Music Multidisciplinary Research (CMMR2017, Matosinhos, Portugal, e CMMR2019, Marselha, França), International Computer Music Conference (ICMC2017, Xangai, China) e International Conference on Technologies for Music Notation and Representation (TENOR2018, Montréal, Canadá, e TENOR2020/21, Hamburgo, Alemanha – formato remoto). Foi distinguido com o 2º Prémio no IIº Concurso Internacional de Composição para Guitarra “Goffredo Petrassi” (Roma, Itália, 2012), e com Menções Honrosas no Xº Concurso Internacional de Composição “Carl von Ossietzky” (Oldenburg, Alemanha, 2010) e no IVº Prémio Internacional de Composição “Fernando Lopes-Graça” (Cascais, 2014). Da sua obra, destacam-se: “Proclamação” (2010), para trompete e orquestra de sopros – obra encomendada para assinalar o Centenário da República Portuguesa, estreada no Centro Cultural de Lagos e realizada também no Centro Cultural de Belém; “Água – a Seiva da Terra” (2011), poema sinfónico para soprano e orquestra de sopros – obra encomendada para comemorar o Dia Mundial da Água, estreada no Teatro das Figuras, em Faro; “A Mãe que Chovia” (2013), para narrador e ensemble – conto musical sobre o texto homónimo de José Luís Peixoto; “Garb’urlesco” (2019), para ensemble, electrónica (10 canais) e partitura animada – música para uma performance multidisciplinar concebida por Elsa Mathei; “HydroSonics” e “HydroSonics 2” (2023), para percussão de altura definida e eletrónica multicanal – obras baseadas na sonificação de séries temporais de dados hidrológicos do Algarve, criadas no âmbito de uma parceria entre o CML-FR e a Universidade de Algarve.
Notas Suplementares
Festival Som Riscado 2024 {9.ª edição}
Quem não arrisca… não petisca. E a prova é que o Som Riscado arriscou… e ganhou, ou melhor, tem ganho o seu espaço e o seu público, a cada ano que passa. E assim, 2024 recebe de braços abertos mais uma edição do Festival Som Riscado, a nona, misturando música, imagem, criatividade e irreverência.
Recorrendo a vários espaços na cidade, o Som Riscado – Festival de Música e Imagem continua a imprimir a sua marca diferenciadora, com um estilo único a sul do país, associando nomes sonantes da música portuguesa com propostas mais alternativas a intérpretes e performers menos conhecidos, que criam cenários e diálogos sem paralelo entre som e imagem, para experiências que são verdadeiramente únicas.
O Som Riscado 2024 junta concertos, instalações e workshops, com o objetivo de continuar a atrair novos públicos, mantendo a fidelidade de outros, e procurando sempre ir mais além, com ritmo, intenção, ousadia e dedicação.
Programa / Cartaz
Programa Som Riscado 2024 {9.ª edição}
20 Novembro - 21h00 | Cineteatro Louletano
Comprovisação N.º14, de Pedro Louzeiro [Coprodução]
Concerto Orquestral Multimédia IA | M/6 | 40 minutos | Entrada gratuita | LEVANTAR BILHETE
20 a 23 Novembro - 09h00 às 19h00 (sábado: 09h00 às 17h00) | Palácio Gama Lobo
Dobra - inflexões de um plano sobre um corpo, de Mariana Ramos
Vídeo-instalação | M/12 | Entrada livre
21 Novembro - 21h00 | Cineteatro Louletano
LUZ, pela Mákina de Cena [coprodução]
Concerto de Jazz/música clássica + Spoken Word + Projeção de vídeo | M/12 | 50 minutos | 5 € | COMPRAR BILHETE
22 Novembro - 19h00 | Casa da Cultura de Loulé
Red Spectrum [AV LIVE], por Boris Chimp 504
Espetáculo Audiovisual + Masterclass | M/6 | 50 minutos | ENTRADA GRATUITA, MEDIANTE LEVANTAMENTO DE INGRESSO NA BILHETEIRA DO CINETEATRO LOULETANO (LOTAÇÃO LIMITADA)
22 Novembro - 21h30 | Cineteatro Louletano
Branko
Concerto Multimédia | M/6 | 70 minutos | 10 € (Descontos aplicáveis) | COMPRAR BILHETE
22 Novembro - 23h00 | Bafo de Baco
Maquina
Concerto Multimédia (after hours) | M/12 | 60 minutos | ENTRADA LIVRE
22 a 24 Novembro - 10h30 + 16h00 | Convento de Santo António
O Centro do Mundo, de Ana Borralho & João Galante [coprodução]
Dispositivo de Teatro/Cinema/Som | M/12 | 60 minutos | 5 € | AQUISIÇÃO DE INGRESSO APENAS NA BILHETEIRA DO CINETEATRO LOULETANO (LOTAÇÃO LIMITADA)
23 Novembro - 18h00 | Auditório do Solar da Música Nova
Ensemble 17 [estreia]
Concerto visual de música experimental + Conversa | M/12 | 60 minutos | 5 € | COMPRAR BILHETE
24 Novembro - 11h00 | Auditório do Solar da Música Nova
As Comédias de Alice, por Tó Trips
Cineconcerto | M/6 | 45 minutos | 8 € | COMPRAR BILHETE
24 Novembro - 18h00 | Auditório do Solar da Música Nova
emmy Curl
Concerto Multimédia Imersivo + Conversa | M/6 | 60 minutos | 5 € | COMPRAR BILHETE
24 Novembro - 21h00 | Cineteatro Louletano
Batida apresenta Neon Colonialismo
Concerto Multidisciplinar | M/12 | 60 minutos | 5 € | COMPRAR BILHETE
Informações Adicionais
» Entrada gratuita, mediante o levantamento de ingresso na bilheteira local ou através da plataforma online BOL e sujeita à lotação do espaço.
» A Fila B do 1.º Balcão e as Filas B e E do 2.º Balcão apresentam visibilidade reduzida.
Preços
- Plateia - 0€
- 1º Balcão - 0€
- 2º Balcão - 0€