Promotor
Fundação Centro Cultural de Belém
Sinopse
Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de São Carlos
«Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.»
Mateus 5:4
Johannes Brahms (1833-1897) foi muito claro nas palavras iniciais do seu Requiem Alemão — trata-se de uma obra de consolo para quem vive enlutado.
O compositor alemão era bastante reservado e dizia que se revelava através da música. Observando a sua vida, vemos que duas mortes o marcaram profundamente — a do seu mentor, o compositor Robert Schumann, em 1856, e a da sua mãe, em 1865. A perda destas duas figuras centrais foi o catalisador para a composição da monumental obra-prima coral-sinfónica, concluída em 1868.
O título Um Requiem Alemão, com o artigo indefinido Um no início, é uma homenagem aos compositores que o precederam, e o Alemão indica a língua alemã em que foi escrita, por oposição ao latim. Mas o Requiem de Brahms em tudo difere da missa de mortos, a começar pelo uso de textos escolhidos por Brahms do Antigo e Novo Testamentos, passando pela sua estrutura e terminando no enfoque sobre o consolo dos vivos, por oposição à salvação das almas dos mortos no rito católico.
A obra tem uma estrutura simétrica em sete andamentos. No pungente 2.º andamento, ouvimos uma marcha fúnebre, com material musical de uma sinfonia que Brahms não concluiu. No 3.º, o barítono solista interpela Deus e manifesta o seu medo antes de nos dar confiança. No 6.º andamento, surge finalmente a palavra morte, na Carta aos Coríntios 15:55: «Onde está, ó morte, o teu aguilhão?» Os andamentos de fora e os andamentos centrais confortam-nos. O consolo vem sob a forma de alegria, de descanso e de mimo de mãe, no 5.º andamento com soprano solista, por muitos considerado o ponto alto do Requiem.
A estreia, em fevereiro de 1869, marcou uma viragem na vida de Brahms, cuja reputação e fama de grande compositor subiram exponencialmente até aos nossos dias.
Ficha Artística
Direção musical Hartmut Haenchen
Soprano Lenneke Ruiten
Barítono Wolfgang Rauch
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Maestro do Coro do Teatro Nacional de São Carlos Giampaolo Vessella
Orquestra Sinfónica Portuguesa
Maestro titular Antonio Pirolli
Coprodução Centro Cultural de Belém, OPART/Teatro Nacional de São Carlos
Programa / Cartaz
Johannes Brahms (1833-1897) Um Requiem Alemão, op. 45
Preços