Promotor
Faz Cultura - Empresa Municipal de Cultura de Braga, E.M.
Sinopse
Aviso: Acesso limitado à capacidade da sala.
Warning: Access limited to the room’s capacity.
Hora de atuação de acordo com o horário de verão
Performance time according to summer time
Van Der
gnration (multiusos)
00:30
Caminhando por entre a família da editora Príncipe, uma grande teia de relações liga alguns dos seus artistas através do uso orgulhoso do sufixo. De certo modo, uma homenagem de muitos "foxes" a DJ Marfox, mostrando respeito e admiração por quem trilhou primeiro e serviu de guia para outros caminharem. Seria tudo menos inesperado encontrar Van Der nesta árvore genealógica, uma vez que confessa que foi o seu primo DJ Marfox quem deflagrou a sua paixão pela música. Ironicamente, a ligação de sangue não serviu para o deixar ramificado à Príncipe e desde há uns anos que tem feito uma notável aterrissagem ao techno. Entretanto, para além dos seus sets geométricos e hipnóticos, tem começado a criar música, igualmente enfeitiçante, vindo do seu amor pela electrónica modular. E é justamente desse novo território que nos traz grandiosas novidades — do tamanho da sua ambição e, sentirão depois, do tamanho da nossa admiração.
In the family of those who record on the Príncipe label, there is a web of relationships that links some of the artists who have proudly added the same suffix to their names. These "foxes" are a kind of tribute to DJ Marfox, an expression of respect and admiration for the one who broke new ground and acted as a guide for the others. Finding Van Der in this family tree would hardly be a surprise, as he admits that it was DJ Marfox, his cousin, who sparked his passion for music. However, he’s not related to Príncipe, and in recent years he's made a remarkable jump into techno, with geometric and hypnotic sets. At the same time, his love of modular electronics has led him to create music that is just as captivating. The ambitious material he has prepared for us comes from exactly this new territory — and we are convinced that his ambition will be matched by our admiration.
Iceboy Violet & Nueen
present “You said you’d hold my hand through the fire”
gnration (blackbox)
00:30
As canções de “You said you’d hold my hand through the fire” — disco editado este ano, enquanto também se celebra o 20.º aniversário da Hyperdub — não contam apenas uma colaboração entre dois músicos que se admiram artisticamente. Por entre as enigmáticas fissuras desta obra artística, espreitamos a crua realidade de uma relação de quatro anos que terminou e deixou, também ela, fracturas e toda uma história que nos pode ser contada. E foi neste processo de dissolução afectiva que Iceboy Violet e Nueen foram erguendo um memorial que documenta a história da sua união, expondo tanto os bons como os maus momentos. Como seria de esperar, ouvimos uma obra íntima, dorida e exposta, que navega musicalmente por entre um nevoeiro electrónico de granulado hi-fi que, por vezes, parece devolver uma prova de vida de um mundo pós-Burial. Ao vivo, esperem um exorcismo que nos empurra para finais felizes.
The tracks on “You said you’d hold my hand through the fire" — the album released this year, one which marks Hyperdub’s 20th anniversary — are much more than the story of a collaboration between two musicians who admire each other as artists. The work is riddled with enigmatic cracks that give us glimpses into the harsh reality of a four-year long relationship that ended, leaving behind its own crevices and a story to be told. Precisely in the midst of a romantic break-up, Iceboy Violet and Nueen have built a monument that documents the history of their union, laying bare both the good and the bad. The result is an intimate, sorrowful and exposed music album, whose sound navigates through an electronic fog of grainy hi-fi, at times testifying to the possibility of life in a post-Burial world. Performed live, expect an exorcism that propels us to a happy ending.
Saya
gnration (multiusos)
01:30
Parece improvável que Saya tenha chegado ao Porto há tão pouco tempo. Em pouco mais de um ano, o seu nome fixou-se numa cidade que parece já ser muito sua, dando-lhe palco, visibilidade e público para o seu trabalho. As suas actividades vão mostrando uma força artística multipotencial, como ela orgulhosamente diz e nós prontamente confirmamos, desdobrando-se num sem-número de acções fundamentais para uma cidade e cultura que se querem abertas, avançadas e justas. E como para pessoas assim o local onde estão é sempre demasiado pequeno, Saya já percorreu Portugal de norte a sul, habita diversos programas de rádio pan-continentais, e traz kuduro, electrónica experimental árabe, gqom, baile e rave funk, etc., para dentro dos seus sets cada vez mais… multipotenciais. Nascida em Santiago de Compostela, filha de pais palestinianos, Saya assume o seu activismo social, celebrando a diferença num espaço que nos junta a todos.
It seems hard to believe that Saya arrived in Porto not so long ago. In just over a year, her name has become well known in the city that already feels very much her own, where she has found a stage, visibility and an audience for her work. Her practice has revealed a multi-potential artistic force, as she proudly calls herself, and as we are happy to confirm. It unfolds in a number of different activities that have proven to be vital for a city and a culture that aspire to be open, progressive and equitable. And being one of those people for whom any place is too small, no matter where they are, Saya has been touring Portugal from north to south, hosting and presenting various international radio programmes, incorporating kuduro, experimental Arabic electronics, gqom, baile funk, rave funk, hard drums, etc., into her sets that are ever more… multi-potential. Daughter of Palestinian migrants, born in Santiago de Compostela in Galicia, Saya is also a passionate social activist who celebrates differences in a context that brings us together through music.
Ziúr
gnration (blackbox)
01:30
De Berlim já conhecemos a história do techno, de como chegou de Detroit no final dos anos 80 e, sobretudo, como ganhou raízes para criar a sua própria genealogia. Ao longo destas décadas, a cidade foi sempre sendo sinónimo de liberdade artística e o techno foi sendo a sua mais distintiva marca, ajudada por figuras que foram escolhendo a capital alemã como local seguro para trabalharem. Ziúr é uma dessas forças que tem escrito e rescrito algumas das páginas recentes da agitação berlinense. Seja pela sua recente mas prolífera produção musical em editoras como a Planet Mu ou Pan, como esclarecida e magnética DJ ou sendo mestre de cerimónias de importantes e congregadores eventos, Ziúr tem espalhado a sua urgência, pegando na vital energia techno de Berlim para a contorcer e reconfigurar, como uma delicada artesã em ambiente industrial, deixando uma pegada muito sua num terreno repleto de hipóteses.
We know the history of techno in Berlin, how it arrived from Detroit at the end of the 1980s and how it put down roots to create its own genealogy. Over the decades, the city has always been synonymous with artistic freedom, and techno has been its most distinctive trademark, also thanks to the individuals who have chosen the German capital as a safe place to work. Ziúr is one of these forces that have written and rewritten some of the most recent pages of Berlin's effervescence. Whether it's through her recent but prolific output as a music producer on labels such as Planet Mu or Pan, as an astute and magnetic DJ, or as a master of ceremonies at major events and gatherings, Ziúr has tapped into Berlin's vibrant techno energy and then, like a delicate artisan in an industrial environment, bent and reconfigured it, spreading her passion and creating her own unique footprint in a land full of possibilities.