Promotor
Câmara Municipal da Ribeira Grande
Sinopse
A obra O Basculho de Chaminé, com libreto de Giusepe Maria Foppa, é uma ópera ligeira e foi estreada em Portugal em 1794, onde alcançou grande sucesso no seu tempo, tendo sido nos tempos modernos levada à cena, tanto em Portugal, como no Brasil.
O compositor, nascido em Lisboa, chegou ao Rio de Janeiro em 1811 por ordem de D. João, tendo sido o mestre de música da Família Real. Após a independência o compositor continuou no Brasil, onde ficaria até à sua morte em 1830.
Com um título típico da ópera buffa do final do século XVIII, trata-se de uma comédia de “enganos”, com um enredo característico do género, com 3 personagens que estabelecem uma clara relação com a commediadell’arte italiana. O Barão de Monte Albor desconfia da fidelidade de Flora e da lealdade de seus criados. Para tirar a prova, o Barão trama com Pieroto, o limpador de chaminés, uma troca de identidades. Pieroto, por sua vez, aproveita-se da situação para usufruir das regalias da vida do Barão, criando assim inúmeras situações cómicas.
O manuscrito original de O Basculho de chaminé encontra-se no arquivo da Biblioteca Alberto Nepomuceno da Escola de Música da UFRJ. A edição foi preparada pelo musicólogo David Cranmer para o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (Cesem) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. A produção estreou na Casa de Ópera de Ouro Preto, com a Orquestra Ouro Preto sob a direção do maestro Sílvio Viegas e a direção cénica de Juliano Mendes. Para enriquecer a apresentação da ópera, a Quadrivium – Associação Artística convidou o Professor David Cranmer para proferir uma palestra sobre o Basculho de Chaminé.