Promotor
Universidade de Coimbra - Teatro Académico de Gil Vicente
Sinopse
Existe sempre alguém que morre para salvar o mundo.
É assim.
Jesus morreu para salvar a humanidade.
Pessoas que poderiam ter mudado o mundo morreram.
Com SIDA.
Com COVID.
Em guerras desleais.
É assim.
Precisamos de sacrificados para continuarmos vivos.
De gerações perdidas.
De pessoas que morrem por nada.
É assim.
Da mesma forma que precisamos de empregadas domésticas.
De lixeiros.
De putas.
De coveiros.
De anjos silenciosos que limpam a merda do mundo.
Enquanto o tempo demolidor passa.
Enquanto os soldados da esperança morrem.
Enquanto os sobreviventes procuram a felicidade, com os olhos postos no futuro.
Do sangue das jovens promessas, resta a memória da beleza, que se eternizou.
E nós?
Os outros?
Envelhecemos.
Tornamo-nos naquilo que, teimosamente, quisemos evitar.
A criança que fomos, o cordeiro puro, sem manchas, sem defeitos, sem pecados, assiste, impotente, ao desmoronar dos seus sonhos.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Ficha Artística
Texto e encenação Elmano Sancho
Interpretação Custódia Gallego, Duarte Melo, Elmano Sancho, Lucília Raimundo, Rafael Carvalho
Vozes Borja Luna, Claire de Oliveira, Jéssica da Silva, Lola Castelões, Nadav Malamud, Oksana Mykolyash
Cenografia Samantha Silva
Figurinos Ana Paula Rocha
Assistente de figurinos Sílvia Costa
Desenho de luz Pedro Nabais
Espaço sonoro Frederico Pereira
Assistente de encenação Paulo Lage
Coprodução Culturgest, Loup Solitaire, Teatro Diogo Bernardes, Teatro Viriato, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, TAGV, Teatro Virgínia
Apoio financeiro à criação República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa
Outros apoios Teatro Aveirense, CAE Portalegre, Companhia Olga Roriz
Parceria ACAPO, ACEGIS, AGUINENSO, APOIAR
Encenador
Elmano Sancho