Promotor
TEATRO O BANDO
Breve Introdução
“Não estou aqui só como coreógrafa, aquela que faz a dança. Até porque não existe dança no espetáculo. Existe é toda uma coreografia dos personagens, todo um modo de estar, de comunicar, da gestualidade de cada personagem. Tanto eu como o João tivemos de entrecruzar os nossos conhecimentos e as nossas ideias. Tentámos - e conseguimos - não ter um espectáculo onde existisse uma parte teatral e outra parte coreográfica. Não era isso. Procurámos penetrar no universo um do outro, fazer com que os próprios intérpretes, que são quatro bailarinos e quatro atores, penetrassem no universo uns dos outros e tentassem encontrar uma outra linguagem. E descobríssemos neste espetáculo um outro modus operandi, nosso.”
Olga Roriz
“Temos nós a possibilidade de falarmos destas coisas sem sermos panfletários, mas também sem sermos cinzentos e sem parecer que não há posição a tomar, que é tudo igual? É esse o grande desafio do espectáculo, conseguir evocar nos espectadores imagens que estimulem um raciocínio resultante da perceção sensorial. Claro que a montante existe sempre uma ideia, um conteúdo, mas nós acreditamos que é o ato de estar em cena através da dança, através do teatro, que nos ajuda a pensar melhor. O teatro que fazemos não é uma ilustração do que pensamos. Implicados com o momento em que vivemos, fazemos teatro também para melhor nos compreendermos a nós próprios.”
João Brites
Sinopse
Em cena o Teatro, a Dança e a Música unem-se numa incursão pela antologia das fascinantes histórias preservadas na ancestral tradição oral, que se tornou numa das mais importantes obras da literatura universal. O espetáculo continua uma viagem percorrida pelas 1001 NOITES, fio condutor da tetralogia que durante quatro anos ganha vida pela mão de diferentes encenadoras e encenadores do Teatro O Bando. À semelhança da teia tecida por Xerazade, noite após noite, ano após ano, um novo espetáculo nasce a partir do final do espetáculo anterior.
A senda continua agora nesta nova cumplicidade em que Olga Roriz e João Brites intercetam os seus processos criativos, convocando a reflexão e a construção com quatro artistas de cada um dos grupos, procurando em conjunto as verdades que se escondem nas ficções e as ilusões que enevoam a realidade, procurando aceitar que num mundo tão dividido e com tantos pontos de vista, a dúvida e a indagação podem ainda ser lugares de reconhecimento e encontro.
1001 NOITES - IRMÃ PALESTINA apresenta-se de 30 de maio a 2 de junho no São Luiz Teatro Municipal, de 7 a 16 de junho no Cine Teatro São João de Palmela, e a 6 de julho integra a programação do Festival de Teatro de Almada.
Mais informações: [email protected] / 910 306 101
Ficha Artística
Direção artística Olga Roriz e João BritesElenco António Bollaño, Fabian Bravo, Maria Dally, Maria Fonseca, Marta Lobato Faria, Nicolas Brites, Rita Brito e Yonel SerranoMúsicos Banda Sinfónica PortuguesaMaestro Francisco FerreiraTexto As mil e uma noitesTradução Hugo MaiaDramaturgia e cenografia João BritesApoio à cenografia Rui FranciscoMúsica Jorge Salgueiro e Fábio Marques
Figurinos Clara Bento
Oralidade Juliana PinhoDesenho de luz Rui MonteiroOperação de luz João Chicó e Pedro GuimarãesDesenho de som Sérgio Milhano / Ponto ZurcaOperação de som Pedro Baptista / Ponto ZurcaAssistência aos ensaios Ana P. SilvaAssistência aos figurinos Isabel Curto CastanInvestigação Sabri Zekri ArabzadehDireção de produção António Quadros Ferro e Miguel JesusProdução executiva João Pissarra e Mariana AguiarPré-produção Inês GregórioCocriação Teatro O Bando, Companhia Olga Roriz e Banda Sinfónica PortuguesaCoprodução Coliseu Porto / FITEI, São Luiz Teatro Municipal / EGEACParceria Stereo 48 Dance Company
1001 NOITES - IRMÃ PALESTINA
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