Promotor
Câmara Municipal de Valongo
Sinopse
Dura Dita Dura
«Era uma vez um menino pequeno que vivia num país pequeno virado para o grande oceano.
Dizia-se que, nesse país, grandes homens e homens de todos os tamanhos se tinham lançado
pelo mar dentro à procura de outros países e de outros homens. Mas isso tinha acontecido há
tanto tempo que o menino de que estamos a falar nunca tinha molhado os pés no mar (...).»
DURA DITA DURA é a história de um menino, o Baltazar, que cresce algures, numa terreola
perdida de um Portugal esquecido - mas apertadamente vigiado e auto-vigiado. Baltazar é
mudo, mas não surdo. A sua vivacidade de menino fora do baralho conflitua manifestamente
com o obscurantismo que caracteriza o Portugal dos pequeninos. Baltazar é um escândalo de
silêncio num país silenciado. Mas não se escolhe o lugar e o tempo onde se nasce.
DURA DITA DURA é um espetáculo de marionetas para todas as idades acerca da atmosfera
de terror surdo que reinou durante meio século num país onde as paredes tinham ouvidos.
Através do olhar atento, por vezes atónito, de uma criança bem-amada mas permeável ao
mal-estar dominante, pretende-se dar a conhecer um passado ainda próximo que tende
contudo a esbater-se nas «brumas da memória».
Ficha Artística
Texto e canção - Regina Guimarães
Encenação, cenografia e marionetas - Igor Gandra
Música - Michael Nick
Fado / canção - Ana Deus
Interpretação - Igor Gandra
Desenho de luz - Rui Maia e Teatro de Ferro
Fotografia de cena - Susana Neves
Operação de Luz - Mariana Figueroa
Operação de Som - Carla Veloso
Direcção de Montagem - Eduardo Mendes
Ateliê de construção - Gil Rovisco, Nuno Bessa, Virgínia Moreira e Américo Castanheira