Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
Considerada por muitos como a mais representativa obra do teatro épico de Brecht, a peça Mãe Coragem foi escrita em 1939, durante o exílio do dramaturgo — que, fugindo ao nazismo, deixou a Alemanha nas vésperas do início da II Guerra Mundial. O texto consiste numa crítica à guerra e ao conformismo, bem como numa radiografia ao conflito, demasiado humano, entre a moral e a necessidade de sobrevivência. Anna Fierling (a ‘Mãe Coragem’) é uma vendedora ambulante que atravessa os campos onde se trava a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), arrastando uma carroça de mercadorias na companhia dos seus três ?lhos. Ao mesmo tempo que os tenta proteger do con?ito armado, para sobreviver Anna faz algumas escolhas eticamente duvidosas, sem se abster de entrar em conluios e estabelecer certos negócios desonestos — pondo em risco, inclusive, a vida da sua família. No ?nal, o resultado das suas acções acaba por revelar-se bem amargo.
António Pires trabalha em teatro desde o final dos anos 80, como encenador e actor. Está há duas décadas ligado ao Teatro do Bairro, em Lisboa, e à estrutura de produção Ar de Filmes. Entre as distinções que já recebeu pela sua carreira, contam-se o Corvo de Ouro da Time Out Lisboa para Melhor Peça de Teatro 2012, por Tisanas – Um antídoto contra o cinzento dos dias, de Ana Hatherly; o Globo de Ouro para Melhor Peça de Teatro 2013, por O público, de Federico García Lorca; a Menção Especial da Associação de Críticos de Teatro, em 2015, por Quatro santos em três actos, a partir de Gertrude Stein; e o prémio SPA 2019 para Melhor Espectáculo de Teatro, por O Mundo é redondo, de Gertrude Stein.
Ficha Artística
Espectáculo integrado no 41.º Festival de Almada
Teatro do Bairro / Ar de Filmes
Texto de Bertolt Brecht
Com poemas de José Saramago
Tradução Ilse Losa
Encenação de António Pires
Intérpretes
Maria João Luís e Carolina Campanela, Carolina Serrão, Cassiano Carneiro, Cláudio da Silva, Duarte Guimarães, Francisco Vistas, Hugo Mestre Amaro, Jaime Baeta, João Barbosa, João Sá Nogueira, João Veloso, Mário Sousa, Ricardo Aibéo, Sofia Marques
Cenografia
João Mendes Ribeiro
Figurinos
Luísa Pacheco
Música
Miguel Sá Pessoa e João Sampayo
Desenho de luz
Rui Seabra
Produtor
Alexandre Oliveira