Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
O futuro já era
consiste num manifesto de fúria, fuga e revolta individual. É-nos contada a história de quatro jovens criados em agregados familiares altamente instáveis, numa das regiões mais degradadas de Inglaterra: o Noroeste desindustrializado. Rochdale é uma cidade sem esperança, em que a pobreza, a violência e o abuso fazem parte da vida quotidiana — um lugar onde as crianças têm de crescer demasiado depressa. Os únicos aspectos comuns a Don (uma rebelde obcecada pelas artes marciais), Peter (um rapaz polaco traumatizado), Karen (uma rapariga albina) e Hannah (uma órfã de Liverpool) são o ódio à realidade em que vivem, o amor pelo ‘GRIME’ (o estilo musical que substituiu o ‘punk’ como música dos revoltados e marginalizados), e a determinação em vingarem-se dos responsáveis pela sua miséria. A sua sede de vingança leva-os a Londres, onde se deparam com grupos de conservadores degenerados, com teóricos da conspiração, com programadores vacilantes entre a megalomania e a impotência, com agentes secretos cínicos, com corretores da bolsa chineses, com algoritmos que desenvolveram uma vida própria, e com vários perdedores que passam os dias a reviver o seu próprio passado patético, através da realidade virtual. O que começara como um grupo em busca de sucesso, transforma-se numa família improvisada, quando os quatro jovens tentam, debalde, criar um lar para si próprios numa fábrica abandonada na periferia da cidade.
O futuro já era
baseia-se no romance
GRM – Brainfuck, de
Sibylle Berg, uma das mais renomadas escritoras suíças da actualidade, que venceu o Prémio para Melhor Livro Suíço 2019 e o Grand Prix de Literature em 2020. Pelo conjunto da sua obra, Berg viu ser-lhe atribuído também em 2020 o Prémio Bertolt Brecht
Ficha Artística
Uma Criação da Companhia de Teatro de Almada
Texto de Sibylle Berg
Encenação de Peter Kleinert
Música de Chullage
Tradução
Bruno C. Duarte
Cenografia
Céline Demars
Figurinos
Ana Paula Rocha
Desenho de luz
Guilherme Frazão
Dramaturgia
Paulo Rego
Interpretação
Cecília Borges, Chullage, Diana Linguiça, Diogo Bach, Erica Rodrigues, Inês Saramago, Jacinta Alves Correia
Informações Adicionais
Este espectáculo tem luz estroboscópica