Produtor
ACADEMIA DE MÚSICA BANDA DE OURÉM
Breve Introdução
Concerto de Encerramento da II Masterclass Internacional de Direção, com T. ANDRÉ FEAGIN
Música
28 de janeiro, domingo, 16:00
Sala Principal
Entrada: 5,00 euros
M/6 anos
Duração: 70 minutos
SINOPSE
Durante décadas, a música para orquestra de sopros foi domínio de compositores brancos e do sexo masculino.
Foram precisas décadas para que se tomasse consciência do vasto património que estava afastado das salas de concerto e se percebesse que este domínio artístico era pertença de todos, independentemente da sua cor ou gênero. Nos últimos anos, um pouco por todo o mundo, começou a recuperar-se a música de inúmeras compositoras e a reconhecer o seu devido valor estético.
Também os compositores de origem africana começaram a ser olhados de forma séria e valorizados pela sua "voz" original, a qual é certamente o reflexo de uma cultura bem diferente da preponderante cultura erudita ocidental. Pela primeira vez em Portugal, o maestro afro-americano T. André Feagin, diretor de orquestras de sopros da Universidade Central de Washington, irá apresentar com a Orquestra de Sopros de Ourém da Academia de Música Banda de Ourém, um programa de compositores com raízes africanas, não faltando a representação de Cabo Verde, através do compositor Humberto Ramos, residente em Portugal há vários anos.
As obras serão representativas de várias gerações e diversas estéticas, nas quais encontramos referências ao Gospel e ao Blues, entre outras.
PROGRAMA
Celebration! – ADOLPHUS HAILSTORK
Suite Caboverdeana No. 1 in D Minor – HUMBERTO RAMOS
Here We Rest – ANTHONY BARFIELD *
American Hymnsong Suite – DWAYNE S. MILBURN *
Reflections- CARLOS SIMON *
Havana- KEVIN DAY
Come Sunday – OMAR THOMAS
* Algumas destas obras poderão ser dirigidas pelos maestros participantes
BIOGRAFIAS
ACADEMIA DE MÚSICA BANDA DE OURÉM
A Academia de Música Banda de Música de Ourém (AMBO) foi fundada em 1930, tendo-se tornado a maior instituição cultural do concelho de Ourém, o que permitiu o reconhecimento como Pessoa Coletiva de Utilidade Pública e a atribuição da Medalha de Ouro de Mérito Municipal (1994) e da Medalha de Ouro do Município (2005) pela Câmara Municipal de Ourém, integrando atualmente as seguintes secções: Classe de Iniciação Coral; Coral Infantil e Juvenil de Ourém; Chorus Auris; Orquestra Típica de Ourém; Banda Juvenil; Orquestra de Sopros de Ourém; Romeiros; AMBOLatino (Danças Latinas), Dança (Ballet e Contemporâneo), Grupo de Teatro Alcateia e Escola de Música. A AMBO é fundadora e associada da OUREARTE – Escola de Música e Dança de Ourém, entidade que ministra o ensino especializado de música, com paralelismo pedagógico reconhecido pelo Ministério da Educação.
ORQUESTRA DE SOPROS DE OURÉM
Teve a sua primeira apresentação pública em 29 de dezembro de 1985, sendo vocacionada, fundamentalmente, para atuações em concerto, com espetáculos por todo o país, com destaque concerto na Sala Suggia, principal auditório da Casa da Música do Porto, em 2015. Internacionalmente, apresentou-se em França (1998 e 2017), Espanha (2002, 2003, 2008 e 2012), Grécia (2020 – online) e nos Países Baixos (2022).
Relativamente à sua participação em concursos, destaca-se a participação em 2010 no Concurso Nacional de Música do Inatel, evento em que foi finalista interpretando a Rhapsody in Blue de G. Gershwin (versão piano concerto e orquestra) e no World Music Contest Kerkrade (2022), o mais prestigiado concurso mundial para orquestras de sopros, tendo alcançado um notável 6º lugar na sua categoria, destacando-se a obtenção de um prémio especial atribuído pelo júri designado de ”award for a musical promise or remarkable music achievmen” (prémio para uma promessa musical ou por realizações musicais notáveis). No contexto discográfico, estreou e gravou com o Chorus Auris a obra Apollinis de Jorge Salgueiro, encomendada no âmbito das comemorações do 75.º aniversário da AMBO. Gravou também os CDs Despertar dos Sons (2003) e Sons dos Ventos (2010). No âmbito da participação mais recente em projetos artísticos, serão de referir: a “Ópera para Todos”, realizado em 2019 e 2020 em parceria com a Fundação INATEL, divulgando e desmistificando uma série de conceitos associados à opera; o projeto solistas emergente nacionais, com o violoncelista Fernando Costa (2021); o concerto sinfónico com a banda portuguesa de folk-rock Quinta do Bill (2021); o projeto Ecos de Fátima (2022), uma criação artística desenvolvida em parceria com o Santuário de Fátima e o compositor português João Malha, sobre repertório identitário de Fátima e concerto; o bel-canto operático e o teatro musical com a Sofia Escobar e Carlos Cardoso e o blues com o pianista Mário Laginha. No contexto, pedagógico, será de referir a realização, em 2021, do I Curso de Direção Internacional de Orquestra, sob a orientação do maestro neerlandês Alex Schillings. As direções artísticas desta orquestra estiveram à responsabilidade de José Maria Mortágua, José Pedro Figueiredo, Tiago Oliveira, Renata Oliveira e Tiago Alves (em projetos específicos, no ano de 2022). Desde dezembro de 2022, a Orquestra de Sopros de Ourém tem direção artística do maestro Alberto Roque.
MAESTRO ALBERTO ROQUE
Iniciou os seus estudos musicais na SAMP, Pousos – Leiria, onde atualmente integra a Direção Pedagógica da Escola de Artes e leciona saxofone e classes de conjunto. É Licenciado em Direção de Orquestra pela Academia Nacional Superior de Orquestra. Obteve o grau de Perfectionnement, na classe de Direção de Orquestra do Maestro Jean-Sébastien Béreau, no Conservatório de Dijon (França) e é detentor do “Título de Especialista” em Música na área da Direção, conferido pelos Politécnicos de Lisboa, Porto e Castelo Branco.
Em 1998 foi-lhe atribuído o 1º Prémio do Concurso Internacional Fundação Oriente para Jovens Chefes de Orquestra. Entre 2004 e 2021, foi maestro titular da Orquestra de Sopros da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) e Diretor Artístico da Camerata de Sopros Silva Dionísio, assumindo também a coordenação e docência da Licenciatura em Direção de Orquestra de Sopros. Atualmente é docente e coordenador da Pós-Graduação em Direção de Bandas e Ensembles de Sopros da ESECS no Instituto Politécnico de Leiria. É diretor artístico e maestro titular do Ensemble de Sopros da AFCL com o qual gravou música para sopros de L. V. Beethoven, Alfred Reed e Serge Lancen estando esses registos disponíveis em diversas plataformas digitais. Como maestro convidado dirigiu já diversas orquestras e Bandas Sinfónicas nacionais e internacionais tais como Orquestra metropolitana de Lisboa, Filarmonia das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra clássica da Madeira, Banda Sinfónica Portuguesa, Orquestra Regional Lira Açoriana, Banda Sinfónica de Madrid, Israel National Youth Wind Orchestra, Blasorchester Südwind, entre outras. Dirigiu também vários solistas tais como Haken Rosengren (Suécia), Jeremy Lake (E.U.A), Claude Delangle (France), James Houlik (USA), Pedro Carneiro (Portugal), Mário Laginha e Maria João (Portugal), Julian Elvira (Espanha), Irene Lima (Portugal) e Roger Hodgson (Ex. vocalista Supertramp). Desde 2016 integra o corpo docente da Sherborne School of Music. Exerce funções de diretor Musical e saxofonista nos “Concertos para bebés” da companhia Musicalmente.
MAESTRO F. ANDRÉ FEAGIN
https://www.tandrefeagin.com/about-6