Promotor
OPART - Organismo de Produção Artística, EPE
Breve Introdução
BANTU
18 e 19 Janeiro 2024 21h00
20 Janeiro 2024 19h00
Teatro Nacional de São Carlos
Ficha Técnica
Direção artística Victor Hugo Pontes
Cenografia F. Ribeiro
Música Throes + The Shine
Direção técnica e desenho de luz Wilma Moutinho
Desenho e operação de som João Monteiro
Figurinos Cristina Cunha, Victor Hugo Pontes
Construção de máscaras Cristina Cunha
Confeção de figurinos Emília Pontes e Domingos Freitas Pereira
Assistência de direção Cátia Esteves
Consultoria artística Madalena Alfaia
Direção de produção Joana Ventura
Produção executiva Mariana Lourenço
Assistência de produção Inês Guedes Pereira
Interpretação Dinis Abudo Quilavei, Dinis Duarte, João Costa*, José Jalane, Maria Emília Ferreira, Marta Cardoso, Osvaldo Passirivo
Intérprete estagiário Francisco Freire
Um programa do OPART/ Estúdios Victor Córdon, Camões – Centro Cultural Português em Maputo
Um programa do parceiro institucional dos EVC Camões I.P.
Produção Nome Próprio
Coprodução A Oficina/CCVF, Camões – Centro Cultural Português em Maputo, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, OPART/Estúdios Victor Córdon, Teatro José Lúcio da Silva, Teatro Nacional São João
Apoio à residência A Oficina, Largo Residência, CRL - Central Eléctrica, Estúdios Victor Córdon, Teatro Municipal do Porto
Agradecimentos Joãozinho da Costa, Nuno Viegas
No ano em que se comemora os 50 anos da Revolução de 25 de abril, o Teatro Nacional de São Carlos verá dançar no seu palco a nova criação do coreógrafo Victor Hugo Pontes, integrada na programação conjunta dos Estúdios Victor Córdon com o Camões – Centro Cultural Português em Maputo.
Bantu designa uma família de línguas faladas na África subsariana: é identidade e é comunidade. Bantu designa mais do que uma ocorrência linguística. Pode ser: uma linguagem própria que sobreviveu às línguas europeias impostas; um mecanismo identitário; um signo vedado ao colonizador; uma forma de comunicação, plena de códigos culturais, históricos, religiosos e políticos; a materialização efémera de um longo encontro. A palavra “bantu” acolhe tudo o que queremos ou imaginamos que o espetáculo Bantu seja. O que Bantu será, contudo, depende dos olhos de quem vê. Este é também um lugar que desejamos ocupar: um lugar diferente para cada um dos corpos que o habita, partilhado nas feridas que rasga, titubeante no trilho que percorre; um lugar exuberante na celebração da comunidade reunida em palco.
Da língua que falamos vemos o mundo que nos cabe. Acontece que, das diferentes geografias a que pertencemos – num país ou num teatro –, temos diferentes perspetivas do mesmo mundo, e assim não poderemos falar a mesma língua, nem ver as mesmas coisas, nem chegar aos mesmos lugares. Bantu traça o percurso inverso e vai ao encontro de uma língua despida de palavras, uma língua transformada em partilha e em identificação: não se trata de uma linguagem universal, trata-se de uma linguagem possível. Bantu é um caminho por traçar, e o percurso é feito entre dois países com afinidades complexas e memórias profundas um do outro.