Promotor
Faz Cultura - Empresa Municipal de Cultura de Braga, E.M.
Sinopse
Nos primeiros meses de 2020, Nabihah Iqbal tinha um novo disco gravado e quase pronto a sair. Mas o destino trocou-lhe as voltas. O seu estúdio foi assaltado e o trabalho de dois anos acabou perdido. Como uma má notícia nunca vem só, o avô de Nabihah adoeceu e a britânica voou até ao Paquistão. Uma viagem que estava prevista para duas semanas acabou por durar dois meses, devido à pandemia. Longe do Reino Unido e sem equipamento de produção, a londrina foi incentivada pelo avô a comprar uma guitarra acústica e um harmónio com os quais começou a desenhar o esqueleto de DREAMER (2023), o seu segundo disco.
Outrora conhecida como Throwing Shade, Nabihah ganhou notoriedade no início da década de 2010 como DJ e produtora de música eletrónica. Amiga próxima de SOPHIE, deu voz ao single “LEMONADE” (2014), um dos primeiros trabalhos da pioneira da hyperpop. Em 2017, lançou-se em nome próprio com Weighing of the Heart, que marcou a sua estreia na Ninja Tune. Cinco anos depois revela então DREAMER. O segundo disco de Nabihah Iqbal é o seu trabalho mais contemplativo até hoje e a primeira vez que a britânica utiliza instrumentos da herança paquistanesa. Combinando eletrónica pura com guitarras e batidas post-punk, e vozes encobertas que lembram o shoegaze e dream pop, Iqbal construiu um trabalho que é simultaneamente elegante e cru, elogiado por publicações como a The Quietus ou o The Guardian.
Na mesma noite, XEXA apresenta o seu disco de estreia Vibrações de Prata. A artista afrofuturista portuguesa mistura ritmos tradicionais africanos com sintetizadores, sound design e voz. A sua estética sonora aproxima-se mais do ambient do que das batidas pujantes para pista de dança dos seus colegas na Príncipe Discos. A dividir o seu tempo entre Portugal e o Reino Unido, XEXA estudou Sonic Arts na Guildhall School of Music & Drama, onde apresentou “Clarinet Mood”, a canção que fecha o seu disco de estreia. Em Vibrações de Prata, XEXA procurar "estudar a sensação de ouvir música como um ambiente em que se habita e não como um som que nos segue ao longo do dia”.