Promotor
ACERT - Associação Cultural e Recreativa de Tondela
Sinopse
Trigo Limpo teatro ACERT
Quer conhecer paisagens de tirar o fôlego?
Experimentar os mais exóticos aromas e sabores? Dormir num hotel de muitas estrelas com direito a SPA e all inclusive? Ou prefere experiências emocionantes, como nadar com baleias no Ártico, andar de camelo no deserto, perder-se na selva amazónica, descer ao interior de um vulcão, fazer trekking num glaciar e acabar a tarde com um copo de Whiskey, servido com gelo que dizem ter milhões de anos?
Qualquer que seja o seu desejo, haverá sempre um operador turístico com múltiplas e diversas ofertas para o fazer feliz.
Como refere Laurence Osborne no seu livro El Turista Desnudo, “ Por mais longe que se vá haverá sempre um operador turístico à nossa espera.” E atenção que há programas para todos os gostos, tendo em conta o perfil do viajante que pode optar por um roteiro de sol e praia, ecoturismo, turismo de saúde, ou turismo religioso, ou quiçá turismo de aventura e até mesmo turismo cultural ou sexual.
Este podia ser o anúncio de uma agência de viagens, mas, neste caso, é a uma observação do que é o turismo de massas que prolifera nos dias de hoje. Há muitos motivos que nos levam em viagem, mas apenas um planeta para amparar o impacto da concretização dos nossos desejos. Somos já 960 milhões com o mesmo desejo incontrolável de viajarmos e conhecermos o mundo.
E, ainda que o turismo possa ser, uma atividade para a economia das comunidades, hoje assistimos a um fenómeno incontrolável que excede todos os limites. Em “Aloha!” lançamos um olhar atento ao turismo de massas e à sua insustentabilidade que está a gerar, a nível global, grandes impactos ambientais, contribuindo para o aumento da poluição atmosférica, dos mares e para a perda da biodiversidade. Para o consumo excessivo de água e a destruição de locais que outrora foram paraísos naturais.
Desejamos mundo, mas será que ele aguenta?
“Entre 1950 e 2002, o número de viajantes internacionais, incluindo viajantes de negócios, aumentou de 25 milhões para 700 milhões por ano.”
Laurence Osborne in El Turista Desnudo
Ficha Artística
Criação, Dramaturgia e Encenação: Maria Torres
Texto: Colectivo
Interpretação: Ilda Teixeira, Luísa Vieira, Sandra Santos
Direcção musical e música de cena: Luísa Vieira *
Conceção Cenográfica: Maria Torres
Desenho da estrutura cenográfica e aconselhamento técnico: Pompeu José
Execução cenográfica: Pompeu José, Pedro Sousa e Adriana Ventura
Serralharia: Araufer
Adereços de cena: José Tavares
Conceção e execução de figurinos e adereços: Miss Suzie
Assistente de figurinos: Dino Lima
Assistente de construção de figurinos: Carolina Fadigas
Máscara: Maria Torres
Desenho de luz: Paulo Neto
Sonoplastia: Luís Viegas
Comunicação: José Tavares, Daniel Nunes e Liliana Rodrigues
Assessoria de Imprensa: Romana Martins
Desenho Gráfico: Daniel Nunes
Fotografia: Daniel Nunes
Produção: Marta Costa
*“Calor” – letra de José Rui Martins
Agradecimentos: Gonçalo Guerreiro, Carlos Pereira
Informações Adicionais
Aloha! resulta de uma reflexão, de um trabalho de pesquisa e improvisação sobre o turismo e o seu impacto ambiental, olhando de forma crítica para o verso e o reverso das viagens e do turismo. É um projeto multidisciplinar que surge de um encontro entre três intérpretes com formações distintas: duas atrizes, com formação em teatro e uma cantora e multi-instrumentista, com formação na área do Jazz, e da improvisação musical.
Assim, a música e o canto são o eixo central do espetáculo, ao redor do qual se vão construindo as cenas em diferentes ambientes, seguindo a lógica e a estrutura do café-teatro, numa espécie de “espetáculo de varietés” ou cabaret bufonesco que dá unidade aos diferentes espaços evocados.
Para esta aventura desafiámos Maria Torres que assina a criação e encenação do espetáculo.
Maria Torres é atriz, encenadora e cofundadora da companhia de teatro galega “Elefante Elegante” onde criou, interpretou e dirigiu, juntamente com Gonçalo Guerreiro, mais de vinte espetáculos.
Trabalhou como atriz em diversos grupos onde adquiriu muita experiência e conhecimento. Contudo, a sua visão do teatro transformou-se após a pós-graduação em Arte Dramática pela Universidade de Santiago de Compostela. Iniciou, então, uma viagem de seis anos pela europa que a levou a conhecer os mais conceituados mestres na arte do teatro. Estudou Comédia dell’ Arte com António Fava em Itália e Teatro Antropológico com Eugénio Barba em Sevilha e na Polónia.
Estudou, também na École Lassad em Bruxelas que segue a pedagogia de Jacques Lecoq sobre o estudo do movimento.