Promotor
Museu do Oriente (Fundação Oriente)
Sinopse
Neste programa comemorativo dos 480 anos da chegada dos Portugueses ao Japão, em 1543, será apresentado um repertório de peças vocais e instrumentais de Portugal e do Japão.
As peças serão interpretadas num piano de mesa da Broadwood & Sons de 1804, propriedade de Michio O’Hara. O programa apresenta peças de compositores portugueses do Séc. XVIII, passando pelo compositor italiano Giuseppe Domenico Scarlatti, até a música contemporânea do Japão.
Mieko Kamiya
Nascida no Japão, Mieko Kamiya dedica-se à arte de cantar enquanto exerce uma atividade profissional de comunicação, participando em várias óperas como "Carmen", "Baat", bem como em vários espetáculos no Yokohama City Opera Chorus (Yokohama- Cidade-Ópera). Assim que chega a França, em 1999, decide dedicar-se totalmente à música e torna-se aluna de Gérard Quenez na Scola Cantorum em Paris. Depois de estudar na École Normale de Musique em Paris, aprofunda a sua prática no Conservatório Edgar Varèse em Gennevilliers, onde obteve o 1º prémio de canto por unanimidade em 2004 (e DEM em 2006) sob a direção de Isa Lagarde. Apresenta-se em França como solista em "Saint John Passion", de J.S. Bach, e nas cantatas de Handel, Vivaldi e Mendelssohn, entre outros; participa também no "Ciclo de jovens talentos - Primeiras Armas" no Museu do Exército e "Descobrindo a música japonesa" na Embaixada do Japão em Paris. Dá um recital na Irlanda. Participa num concerto como parte do projeto "F. Liszt, oração de 200 anos", bem como em vários concertos de ajuda à reconstrução do Japão pós o terramoto. Estes concertos decorreram na Igreja de La Madeleine, em Paris, no Musikverein em Viena, bem como em Kyoto no templo Kiyomizu e no castelo Nijô, em colaboração com a Orquestra de Câmara "Pasdeloup", sob a batuta de Kanako Abe e do pianista Cyprien Katsaris. Cantava regularmente "Aux Trois Mailletz" um piano bar muito popular em Paris até a pandemia. Graças ao seu reportório alargado, canta diversos estilos de música, incluindo não só árias de ópera, mas também Fado, Broadway, canções francesas, jazz, etc. A sua precisão e musicalidade fizeram sua reputação, e muitos clientes vinham de todo o mundo para ouvir sua voz pura e tocante. Atualmente vive em Lisboa, Portugal e continua a cantar e apresentar melodias japonesas do seu país natal.
Michio O’Hara – Cravo e Pianoforte
O’Hara, natural de Nagoya, Japão, dedica-se à interpretação de música antiga em instrumentos de tecla históricos, cravo e Pianoforte. Na sua carreira concertista, como solista, destacam-se as suas participações no festival de música antiga “Alte Musik Treff” de Berlim, Alemanha, em 2005; no ciclo de concertos em Schleswig-Holstein, Alemanha, em 2006; nos concertos comemorativos dos 250 anos da morte de Domenico Scarlatti em Gelnhausen, Alemanha, e Nagoya, Japão (o concerto dado nesta cidade foi gravado para a televisão japonesa); concertos em Itália e Coreia do Sul, em 2008; concerto em Itália a convite da “Associazione Musicale Karl Jenkins”, em 2012; recitais de música portuguesa para instrumentos de tecla na Alemanha, Itália e Portugal, em 2013. Desde 2015, lecciona a Masterclass de cravo no Porto. Pelo Conservatório de Música do Porto foi convidado, em 2016, como professor da Masterclass, e, em 2017, foi convidado para o concerto de jubileu dos 100 anos do Conservatório. Desde 2017, tem contrato com a Naxos para Online-Streaming. Em 2018, trabalhou como correpetidor do curso de música da Casa de Mateus. A convite de SESC, em 2019, tocou em concertos com o músico Filipo Ribeiro (rabeca), em São Paulo e Santos, no Brasil.
Foi director musical da Orquestra Barroca de Nagoya, entre 2009 e 2015. Do trabalho realizado com esta orquestra destacam-se a ópera “Xerxes” de G. F. Handel, em 2013, e a ópera “Bastien und Bastienne” de W. A. Mozart, em Abril de 2015.
Estudou musicologia na “University of Arts” de Aichi, Japão, de 1997 a 2001, obtendo o 1º prémio nesta Universidade pela sua dissertação. De 2001 até 2005, estudou trompa natural com Oliver Kersken e cravo com Wiebke Weidanz e Michaela Hasselt na Hochschule für Musik und Theater de Leipzig, Alemanha. Formou-se nesta instituição como trompista natural em 2005. De 2005 até 2008, prosseguiu os seus estudos de cravo e fortepiano com Wiebke Weidanz na Hochschule für Musik und der darstellenden Kunst de Frankfurt am Main, Alemanha. Em 2009, esteve na final do concurso “Osaka International Music Competition”.
Desde 2019, é representante de “Yamanote Music Festival” em Nagoya. É vice-presidente da Sociedade Luso-Nipónica de Nagoya desde 2021, organizando vários concertos apoiados pela Embaixada de Portugal em Tóquio/Instituto Camões. Desde 2022, que trabalha como professor no curso de cravo da “Chubu Gakuin University”, no Japão.
Programa / Cartaz
Alberto José Gomes da Silva (ca.1713- ca.1795)
Sonata Si bemol maior, Op.1-3 Allegro brilliante - Minuette
Marcos Portugal (1762-1830) "Cuidados, tristes cuidados", Modinha
António SIlva da Leite (1759-1833) "Tempo que breve passaste", Modinha
Domenico Scarlatti (1685-1757) Sonata Sí bemol maior K.473, Allegro molto Sonata fa menor K.481, Andante e cnatabile Sonata fa menor K.463, Molto allegro
"Sakura", música folclórica japonesa
Tadasuke Ohno (1895-1929) "Yoimachi Gusa"
Teiichi Okano (1878-1941) "Oboro Zukiyo"
Toraji Ohnaka (1896-1982) "Yashi no Mi"
Hideyasu Endo (1970-) "Duality of the Moon (Tsuki no Kagami)" Adagio (Tempo rubato) - Vivace
Kosaku Yamada (1886-1965) "Akatombo"
Kouzaburo Hirai (1910-2002) "Narayama"
Teiichi Okano (1878-1941) "Furusato"
Informações Adicionais
Co-organização: Sociedade Luso-Nipónica de Nagoya
Preços
Preço: € 15,00
(descontos em vigor)