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Ar de Filmes
Sinopse
Um rinoceronte atravessa a toda velocidade a rua numa pacata cidade. Traz consigo a “rinocerite”, doença que contagia progressivamente os habitantes tornando-os conformistas, uniformizando o seu pensamento até os converter em rinocerontes.
Em 1960, o próprio dramaturgo relatou como se deu o ponto de partida para a escrita de O Rinoceronte. Conta Ionesco que o escritor Denis de Rougemont se encontrava em Nuremberga quando ocorreu uma impressionante manifestação nazi em homenagem a Adolf Hitler. Uma multidão imensa esperava pelo führer, que tardava em chegar. Quando a comitiva de Hitler surgiu, houve uma histeria contagiosa tal que até o próprio Rougemont se sentiu atingido, fazendo-o pensar: “Que espécie de demónio me possuiu de tal forma, ao ponto de ficar quase seduzido pela ideia de me entregar, como os outros, ao delírio insano?”. Este acontecimento inspirou Ionesco a escrever O Rinoceronte e surge relatado no seu livro Notes et Contre Notes, publicado em 1962, reforçando a tese de que esta obra constitui uma grande sátira ao nazismo.
Ficha Artística
Autor: Eugène Ionesco; Tradução: Luís Lima Barreto; Encenação: Ricardo Aibéo; Interpretação: David Almeida, Dinis Gomes, Duarte Guimarães,Graciano
Dias, Ricardo Aibéo, Rita Durão e Sofia Marques; Luz/Som: Rui Seabra; Fotografia: Bruno Simão; Gestão administrativa: Patricia André; Produção: SUL Associação Cultural e Artística; Parceiro institucional: República Portuguesa -Ministério da Cultura; Apoios: Câmara Municipal de Lisboa, Polo Cultural das Gaivotas e Cal/ Primeiros Sintomas.