Promotor
Ágora - Cultura e Desporto do Porto, E.M., S.A.
Breve Introdução
13º Festival Porta-Jazz – Bloco 8: AP Quarteto + Catarse Civil
21:30, Grande Auditório
2022 foi também ano de mais um disco do guitarrista e compositor portuense AP pelo Carimbo Porta-Jazz, que aqui o apresenta ao vivo neste Grande Auditório do Teatro Rivoli.
Nu é o nome do álbum que é já o quarto trabalho com música sua no selo Carimbo, depois de Lento em quarteto, A Incerteza do Trio Certo ou Mergulho, onde o Coreto toca exclusivamente a sua música. Nu é um regresso ao formato quarteto, onde se faz acompanhar pelos músicos da nova geração José Diogo Martins no piano e teclados, Gonçalo Sarmento no baixo elétrico e contrabaixo e Gonçalo Ribeiro na bateria. O disco Nu é uma experiência musical que, entre outras coisas, explora a simplicidade melódica, o rigor formal ou ambientes e texturas contrastantes, o groove e a improvisação livre, numa demanda musical que visa sempre alcançar a frescura e a imprevisibilidade. A música de AP apresenta-se aqui, como o nome do álbum sugere, despida de acessórios ou artefactos, mas plena do mesmo conteúdo e profundidade que distinguem as obras musicais mais esclarecidas, maduras e consistentes. Nu é o trabalho de um músico e compositor cada vez mais fiel à sua verdade musical. É o trabalho de um quarteto que se mostra atento a novas tendências e correntes, mas que nunca abandona a sua essência. É composição, improvisação e execução musical imbuída da proficiência natural de quem sabe o que está a fazer.
Catarse Civil é um projeto que cruza a música com a literatura e foi editado em disco pelo Carimbo em 2022. Liderado e pensado pela contrabaixista Sara Santos Ribeiro é com este grande ensemble que se encerra a última noite no Grande Auditório do Teatro Rivoli. Catarse Civil nasce do convite literário lançado por Sara Santos Ribeiro a Sofia Sá. Neste projeto, um coletivo de jovens compositores e intérpretes dedica-se a explorar possibilidades entre a música e as palavras. Um exercício neo surreal de materializar "os sonhos da humanidade que dorme". Catarse Civil – imaginemos que a humanidade é uma pessoa que dorme. Imaginemos que nos seus sonhos os movimentos sociais dançam numa libertação explícita das suas vontades. Imaginemos que colocamos isso em palco, acessível aos olhos de todos. Os intérpretes e compositores foram, posteriormente, convidados para a concretização do que foram chamados de: sonhos de I a X, desafiados para uma escrita programática, livre e reativa. O projeto integra também textos de Hugo Santos e Jorge Santos Ribeiro e composições de Catarina Ribeiro e do trompetista Pedro Jerónimo.