Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
Maria Putas Reis Bêbadas
A Cafetra, desde a sua fundação, que existe com valores diferentes da maioria das outras editoras. Nunca cedeu a uma ideia de sistema, até agora tem mantido uma independência saudável e louvável, assente nos valores da verdadeira independência. E com a independência vem uma coisa muito importante, à qual, por vezes, não se dá o real valor: eles podem fazer o que querem. Não como mantra que se manda cá para fora num reality show, mas fazerem realmente o que querem. Nesse espírito, também desde a sua fundação, têm existido numa rara mentalidade de entreajuda, seja pela sobrevivência, pela coabitação de edição ou por aquilo que é o mais importante e que sustem a editora e o seu espírito ao longo destes anos: a amizade.
Nos primeiros álbuns da Cafetra, havia sempre uma canção, “Fetra”, uma espécie de hino que cada banda prestava ao colectivo. Entretanto, já criaram supergrupos, já puseram uns a tocar músicas de outros e volta e meia têm ideias como estas, Maria Putas Reis Bêbadas. Supergrupo? Nah, um mashup, uma coisa que acontece quando uma estrela explode, uma supernova para se ver agora e ficar na cabeça durante anos, décadas. Isto é, num jeito muito de Cafetra, se quisermos encontrar o melhor de Maria Reis, vamos encontrar em Maria Putas Reis Bêbadas. Se queremos o melhor de Putas Bêbadas, também será assim. Ou não. Pode ser uma coisa totalmente diferente. O que não acontece é isto: uns a tocarem as músicas dos outros. Não, isso nunca poderia acontecer numa banda da Cafetra. Eles nunca tocam as músicas dos outros, por mais identidade que tenham, quando pegam na ideia do outro, sabem bem torná-la deles: a ideia de Cafetra está tão embutida em tudo o que cada um deles faz que, quando passa de mãos, torna-se noutra coisa qualquer que não uma coisa do outro. Mas deles. E deles é este Maria Putas Reis Bêbadas, mais uma ideia inspirada da megalomania da amizade, onde se transformam canções grandes em coisas ainda maiores. Sozinhos são grandes, em união são um grande ainda maior. AS
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TRADIÇÃO
palavras podem confundir os oradores
TRADIÇÃO não é nada do que se possa pensar, advém dos mistérios da vida e da morte, impressos em sentidos fónicos de flashs, estrondos, berros e melodias que fazem este caos musical ser a organização ideal para manter o ciclo no fluxo do ritmo continuo. Músicas são soluções através das dissoloções abstractas. Caos e Criação é o lema deste grupo. Depois de ler isto cada um fica por sua conta e risco.
Abertura de Portas
21h00