Promotor
Câmara Municipal de Setúbal
Sinopse
Em “Caim”, Saramago narra com ironia e sarcasmo uma versão crítica dos episódios do Antigo Testamento. Caim, o primeiro dos assassinos, deriva solitário pelo tempo e pelos povos, questionando o dogma religioso que tudo justifica, e confrontando directamente o Deus bíblico ancestral, negligente e impiedoso. Em ambos se assomam as imperfeições da natureza humana.
Levamos agora esta história ao palco pela primeira vez em Portugal. Sujeitámo-nos a horas de debate sobre o livro, o autor, a política, a religião e a fé. Seguiram-se ponderações inadiáveis sobre o cartaz, a sinopse, o cenário, os figurinos, a música e a interpretação. Porque é “Caim” uma obra tão revolucionária hoje? O que podemos nós acrescentar às palavras de Saramago? Como pode o humor ser a coisa mais séria do mundo?
Tal como Deus e Caim, a única coisa que sabemos é que continuámos a discutir, e que a discutir estaremos ainda… até ao fim dos tempos. Hoje pensar é um acto revolucionário. Pensemos!
Ficha Artística
Texto: A partir da obra “Caim” de José Saramago
Dramaturgia: Armando Nascimento Rosa e José Maria Dias
Encenação: José Maria Dias
Assistência de encenação: Rosa Dias
Cocriação e Interpretação: Clara Passarinho, Fábio Vaz, Graziela Dias, João Mota, Patrícia Paixão, Sara Túbio Costa, Tiago Bôto e Wagner Borges
Cenografia: José Manuel Castanheira
Desenho de luz: José Maria Dias e Rosa Dias
Apoio ao movimento: Iolanda Rodrigues
Figurinos: Maria Luís
Música: Jorge Salgueiro
Sonoplastia: Emídio Buchinho
Fotografia: Helena Tomás
Vídeo integral e teaser: Bere Cruz
Design de comunicação e produção executiva: Tomás Anjos Barão
Agradecimentos: Elsa Mouzinho, FISIC-Centro de Medicina Física Doutor Rui de Moura e Gertrudes Félix.
82ª Produção do Teatro Estúdio Fontenova, uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes e pelo Município de Setúbal, e associada da PerformArt e d’A Descampado.