Promotor
Câmara Municipal de Setúbal
Breve Introdução
O projeto Língua Terra nasce com o objetivo de promover o intercâmbio entre artistas de seis países unidos pela língua portuguesa, fomentando conexões culturais e criações artísticas colaborativas. Ao visibilizar a diversidade cultural que compõe os distintos territórios, o projeto busca, ainda, contribuir com reflexões sobre as possiblidades de criar outros mundos possíveis, mais justos e igualitários.
Nesta edição o festival Língua Terra aborda a música –- como expressão de múltiplos saberes, visões de mundo, sentidos de vida e práticas cotidianas que nos provocam a buscar raízes comuns, a criar a partir da diferença e a imaginar outros modos de ser, estar e habitar mundos.
Sinopse
Língua Terra apresenta... Elida Almeida com canções do seu mais recente disco “Gerasonobu”, lançado em 2020 e sucessos dos discos anteriores, onde confirma o seu estatuto como líder da nova geração de músicos de Cabo Verde.
Aos 27 anos, Elida Almeida já se destaca com o seu sorriso doce e energia solar, tão jovem quanto madura, como que musa inspiradora de uma nova geração musical cabo-verdiana, em que é a única mulher, autora e compositora da quase totalidade dos temas que grava e leva a palco.
Ela transporta esse estatuto como uma bandeira que envolve na íntegra no seu novo trabalho, intitulado “Gerasonobu” (”Nova Geração”). Juntamente com outros músicos conterrâneos, a jovem cantautora, com raízes na Ilha de Santiago, contribui grandemente para a explosão dos códigos da música de Cabo Verde; essa tradição iluminada pela figura tutelar de Cesária Évora, a que ciosamente estão atentos os “especialistas”, que refutam qualquer passo de dança fora da norma. No entanto, Elida contesta: “Mesmo as criações de Cesária são diferentes das criações “tradicionais”. A música do meu arquipélago de marinheiros, aberta a todos os ventos, permeável a todas as influências, todas as mestiçagens, define-se precisamente pela sua evolução permanente…”.
Assim, ao contrário do seu anterior disco, “Kebrada”, dedicado à aldeia onde nasceu e às raízes do pequeno pedaço de terra sem eletricidade que a viu crescer, ela agora viaja pelo mundo, sempre atenta às culturas do seu caminho recém-traçado.
Na sua bagagem transporta os sons cabo-verdianos que a acompanharam na rádio, nos seus primeiros anos. As canções errantes de ”Gerasonobu“ foram compostas por todo o mundo, durante as suas digressões, no sonho semi desperto de uma viagem de avião para Lisboa, onde vive atualmente, ou para Abidjan...ou qualquer outro paradeiro: "Todas as vezes, as minhas criações, no coração de Cabo Verde, eram impregnadas com as vibrações e a música dos territórios em que as escrevia", sorri.