Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
Altamira 2042
Altamira 2042 é uma performance de Gabriela Carneiro da Cunha sobre o Complexo Hidroelétrico de Belo Monte, construído em Altamira, no estado do Pará, no Brasil. Este trabalho parte do testemunho do rio Xingu, cujas margens e habitantes vivem as consequências da catástrofe provocada pela construção da hidroelétrica.
Este desastre ambiental e social é apresentado a partir dos depoimentos do próprio rio e de outros seres que falam através de um dispositivo tecnológico: uma máquina que transporta as vozes, humanas e não humanas, que se ouvem nas margens do rio Xingu, materializando uma polifonia de seres, línguas e perspetivas que têm sido silenciadas. Gabriela Carneiro da Cunha encaminha-nos através das perspetivas de três diferentes seres maquínico-espirituais que protegem as águas e as matas, e que tomam a palavra para mitificar a História. Em Altamira 2042, a Barragem de Belo Monte deixa de ser simplesmente uma construção, ela é o mito do inimigo.
Gabriela Carneiro da Cunha é atriz, realizadora e investigadora. É a idealizadora do projeto Margens Sobre Rios, buiúnas e Vagalumes, que, em 2015, estreou sua primeira etapa com a peça Guerrilheiras Ou Para a Terra Não Há Desaparecidos.
Integrado no Alkantara Festival
Ficha Artística
Conceção Gabriela Carneiro da Cunha
Direção Gabriela Carneiro da Cunha, Rio Xingu
Orientação da pesquisa e interlocução artística Cibele Forjaz Dinah de Oliveira, Sonia Sobral
Diretor assistente João Marcelo Iglesias
Assistência à direção Clara Mor, Jimmy Wong
Com textos de Raimunda Gomes da Silva, João Pereira da Silva, Povos indígenas Araweté e Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo Poeta Marginal, Mc Fernando, Thais Santi, Thais Mantovanelli, Marcelo Salazar, Lariza
Montagem de vídeo João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão, Gabriela Carneiro da Cunha
Montagem textual Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias
Desenho de som Felipe Storino, Bruno Carneiro Figurinos Carla Ferraz
Iluminação Cibele Forjaz
Concepção da instalação Carla Ferraz, Gabriela Carneiro da Cunha
Produção da instalação Carla Ferraz, Cabeção, Ciro Schou
Tecnologia, Programação, Automação Bruno Carneiro, Computadores Fazem Arte
Criação multimédia Rafael Frazão, Bruno Carneiro
Trabalho corporal Paulo Mantuano, Mafalda Pequenino
Imagens Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor, Cibele Forjaz
Pesquisa Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara Mor, Dinah de Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino, Eryk Rocha
Direção de produção Gabriela Gonçalves
Produção Corpo Rastreado, Aruac Filmes
Coprodução Corpo Rastreado, MITsp Mostra Internacional de Teatro de São Paulo