Promotor
Associação Zé dos Bois
Breve Introdução
No dia 23 de Outubro a ZDB acolhe o lançamento do livro 'Funaná, Raça e Masculinidade: uma Trajetória Colonial e Pós-colonial' na presença do autor Rui Cidra, de Dju di Mana (tocador de gaita), Florzinho (tocador de ferro) e do sociólogo e editor Nuno Domingos. Este lançamento será seguido pelo concerto Funaná Kotchi Po de Dju Di Mana e os convidados Vani Di Xilo, Íman África, Jovino, Janu e Otávio.
O funaná é uma prática de música e dança que foi criada pela população camponesa da ilha cabo-verdiana de Santiago no período pós-escravatura do final do século XIX. Originado nas performances de tocadores de gaita e fero em sociabilidades familiares e comunitárias, foi proscrito por administradores e clérigos durante o período final do colonialismo português. Após a independência de Cabo Verde, o interesse de jovens músicos por esta história marginal motivou a criação de novas estéticas de música popular. Apesar de gradualmente aceite no quadro de uma cultura oficial crioula promovida pelo Estado, o funaná permaneceu uma prática icónica de uma masculinidade entendida enquanto “africana”. Este livro situa o funaná na história social e política colonial e pós-colonial. Questiona em particular de que modo este género de música e dança foi historicamente racializado e que legados deste processo persistem no presente.
Dju Di Mana
Dju di Mana (António Virgolino dos Santos Moreno) é um tocador de gaita (acordeão diatónico de botões) na tradição do funaná da ilha de Santiago. O seu estilo instrumental e as suas composições de funaná têm contribuído para processos de mudança musical e estilística como a emergência do estilo recente do ‘funaná kotxi pó’.
Abertura de Portas
18h