Promotor
Município de Cantanhede
Sinopse
Em 1998, José Jorge Letria, lançava a 1ª edição de Lendas do Mar!
Esta coletânea de lendas, profundamente marcada pela sedução oceânica, sugere logo dois aspetos para uma interpretação da obra. A designação “lenda” remete para uma narração de literatura oral ativa e até mitológica ao passo que “mar” realça uma categoria de narrativa específica e dominante. Espacialmente transporta o destinatário para um mundo particular.
Neste jogo de real-imaginário procura-se explicar fenómenos naturais a partir de efabulações. Logo no início a coletânea abre com Castigo de Sal. Lenda que nos situa num tempo longínquo, no princípio de tudo, numa época em que o mundo era governado pelo Grande Deus das Águas. O rei desafiado pela sua filha inconsequente, a Água que resolve invadir a terra, enquanto o pai dorme a sesta. A punição dessa irreverência redundou numa lição para sempre aprendida: E foi assim que a água do mar deixou de ser doce e se tornou salgada até ao fim dos tempos.
O Mar. Quando fomos criados já o Mar existia e depois de deixarmos de existir o Mar ficará para contar a história.
Pensando bem, o Mar está por cá desde o início da história do mundo. Quem melhor para contar a sua própria história, do que o próprio! O Mar!
Partindo desta premissa procura-se contar a sua história ao longo dos tempos em primeira pessoa. Assim, desde o tempo em que o mar era só um até à sua divisão, desde o tempo em que as águas eram puras e límpidas até ao tempo em que o mar é apenas sinónimo de negócio e de sobre-exploração dos seus recursos procura-se retratar o seu percurso procurando perspetivar a sua história futura. O alerta para os perigos que a cada dia o mar suporta com as quantidades de resíduos que são depositados nas suas águas, também serão uma referência a retratar. O mar não começa na costa continental! Começa em nossas casas.